Dê notaaa pfv Trabalho nos presididos : avanço ou retrocesso na ressocialização do preso

A série “Olhos que Condenam” é um trama exibido no site Netflix, que retrata a vida de alguns presidiários e os serviços que eles precisam fazer dentro de um presídio, situação que tem como objetivo a diminuição da pena. Analogamente, tais fatores não divergem da realidade, tendo em vista que muitos presos trabalham dentro das penitenciárias, fator que possui seu lado positivo e negativo. Isso ocorre devido o avanço na ressocialização dos presos com o preparamento para um convívio social e o retrocesso quando se trata, infelizmente, do grave abuso de poder dentro das celas.

A princípio, convém ressaltar, que muitos detentos ganham experiências com a realização de serviços. Segundo a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac), que age de modo com que os presidiários devem realizar os trabalhos necessários nos presídios, 60% dos presos que participaram dessa organização foram recuperados e vários desses conseguiram se profissionalizar. Em resumo, tais dados mostram um quadro favorável, por ser considerado grande o número de pessoas que foram reinseridas na sociedade. Nesse sentido, o trabalho faz com que o detento aprenda novas vocações e serve, também, como incentivo para uma maior busca de ofício quando a cadeia for deixada.

No entanto, mesmo com a melhora no quesito da profissionalização, alguns detidos são tratados como “escravos” por guardas que abusam de seus poderes, de modo que, eles são obrigados a servir esses superiores. Tal fato é evidenciado na série “Vis a Vis”, pois em um de seus episódios uma comovente cena é retratada: Um segurança urina no chão e ordena que uma  encarcerada limpe. Desse modo, esse tipo de situação pode ser prejudicial para o presidiário, por causar uma situação desumana e agressiva, além de não serem tratados com dignidade.

Destarte, percebe-se, que medidas são necessárias para solucionar esses impasses e tornar o trabalho apenas um avanço na ressocialização. Nesse contexto, compete às organizações não governamentais (ONGs), que possuem como papel social ajudar as populações excluídas das condições de cidadania, promoverem projetos dentro dos presídios. Isso pode ser realizado por meio de atividades de ensino educacional e de trabalhos manuais como o artesanato, cozinha e a costura, com finalidade da obtenção de conhecimentos para uma vida mais íntegra do detento, como realiza a instituição Apac citada anteriormente. Além disso, o Ministério dos Direitos Humanos deve garantir que o tratamento com os presidiários seja com dignidade, e assim, deve combater as agressões e os abusos sofridos dentro das penitenciárias.