Dança das Cadeiras

No início do século XX, a intensificação da indústria automobilística consolidou o modal rodoviário no Brasil. Porém, a falta de planejamento com relação a acessibilidade nas metrópoles e a má gestão do transporte público se tornaram os principais entraves para mobilidade urbana no país. Logo, é mister o debate acerca da problemática e suas possíveis soluções.

O primeiro ponto a ser levado em consideração é a grande distância que a população é obrigada a percorrer diariamente para trabalhar. Segundo o Geógrafo Roberto Lobato Corrêa, ” o espaço urbano é fragmentado articulado; reflexo e condicionante social em uma interação dialética”. Nesse ínterim, os deslocamentos pendulares dificultam a fluidez do trânsito, diminuem o tempo das pessoas com suas famílias e aumentam o aquecimento global, devido a emissão de poluentes pelos veículos.

Outrossim, o sucateamento do transporte público, com frota e empresas insuficientes para suprirem a demanda da sociedade. O psicólogo Goldberg diz que o Homem trata os espaços públicos como lugares a serem ocupados por quem chegou primeiro. Desse modo, a sociedade segue omissa com relação as insuficiências do transporte  público. E, com isso, os monopolizadores permanecem cobrando tarifas abusivas dos cidadãos que por vezes não tem direito nem a um lugar para viajar sentado.

Em suma, mudanças devem ocorrer na dinâmica estrutural dos grandes centros para melhorar sua mobilidade. Para tal, O Ministério dos transportes, por meio de suas secretárias municipais, deve abrir licitação para novas empresas de transporte público operarem nas cidades. Com isso, aumentará a oferta de serviço, as tarifas diminuirão e as pessoas se deslocaram mais rapidamente. Desta feita, a problemática se atenuará e as pessoas verão a dança das cadeiras apenas como um jogo infantil.