Cultura do cancelamento: pressão ou opressão?

Na obra “O Pequeno Príncipe”, do escritor francês Antoine de Saint-Exupéry, o protagonista, Pequeno Príncipe, passa parte da trama viajando entre os planetas que o rodeia, no seu quarto destino, ele conhece um empresário, que sempre estava ocupado, infeliz, e frustrado com sua vida, devido a pressão que havia sobre ele para possuir bens de forma excessiva e ser perfeito, nesse contexto, pode-se estabelecer relação com a cultura do cancelamento, a qual tira a liberdade de escolha das pessoas e as pressiona a seguirem o “padrão de perfeição” imposto. Por conseguinte, é de suma importância que esse obstáculo seja derrubado para que as pessoas possam ser elas mesmas.

Sob esse mesmo ponto de vista, acerca da opressão causada pelo cancelamento e sua relação de opressão nos dias atuais é válido exemplificar com um trecho da obra “Hora da estrela” de Clarisse Lispector, o qual diz: “Porque há direito ao grito. Então eu grito”, mostrando sua revolta contra a opressão imposta em cima de sua liberdade de expressão, entretanto, muitas das pessoas as quais tentam lutar contra esse problema não são levadas à sério e chegam até a serem “canceladas” também pelo denominado “Tribunal da Internet”, o qual é o responsável por esse fenômeno, que faz muitas pessoas, além de deixarem de expressar suas vontades, muitas vezes desenvolveres transtornos mentais como, por exemplo a depressão e ansiedade.

Essas pessoas se isolam das outras por medo extremo de julgamento, mesmo quando nem se tem a intensão disso, deixando de viver muitas coisas boas para elas por medo e insegurança da rejeição novamente, e as quais não passaram por isso, tem medo de se expressarem e acontecer isso com elas, o que é um enorme problema, tendo em vista que o cancelamento é uma pressão para se seguir um padrão imposto, como também é uma opressão à liberdade de escolha.

Portanto, é essencial que medidas sejam tomadas sobre isso para que as pessoas possam expressar suas opiniões, sempre zelando pela empatia e sem desrespeitar os Direitos Humanos. Ações como ajuste das diretrizes de redes sociais visando uma melhora na convivência entre os usuários e a diminuição de ataques e formas de opressão como o “cancelamento”, além de palestras em locais públicos sobre esse assunto com o intuito de conscientizar as pessoas sobre e as consequências deste ato são de extrema importância para uma melhora na qualidade de vida das pessoas, e que para pessoas frustradas como o empresário do Pequeno Príncipe dia possam viver sem essa opressão e sendo quem são.