A obra “Utopia”, do escritor inglês Thomas More, retrata uma sociedade perfeita, na qual corpo social padroniza-se pela ausência de problemas. Analogamente, no que tange a situação hodierna no Brasil, é inferível ecos na sociedade, uma vez que, com a propagação de padrões ditos como ideais, a busca de um modelo similar ao proposto por More, em que não há imperfeições, vem sendo cada vez mais idealizado como um padrão a seguir. Com isso, faz-se relevante analisar como a alienação imposta pela mídia e a apresentação utópica da indústria da moda compõe esse quadro desafiador, que deve ser construído.
Primeiramente, deve-se reconhecer a padronização em massa pelas influências digitais como propulsora desse cenário. Segundo o filósofo Zygmunt Bauman, o consumo transforma pessoas em mercadorias. Dessa forma, as mídias, por meio das redes sociais, moldam o pensamento do público, alienando-os através de propagandas que promovem um modelo de vida utópico, que, supostamente deveria ser seguido, mais dificilmente será alcançado. À vista disso, os indivíduos tornam-se obcecados alcançar os padrões impostos, reivindicando a própria saúde mental.
Ainda nessa linha de raciocínio, outro ponto determinante é o fato de que a indústria da moda, que poderia promover a quebra de padrões, não tem alcançado pleno êxito. De acordo com o filósofo Karl Marx, em um mundo capitalizado, a busca pelo lucro ultrapassa valores éticos e morais. Nessa perspectiva torna-se simples realizar a alienação do coletivo tornando-os apenas um reflexo ilusório do idealizado pelas empresas, tudo, em prol do lucro. Contrariando tal paradigma, a empresa americana Calvin Klein utilizou em sua campanha uma modelo fora dos padrões impostos pela sociedade: negra, trans e plus size, mostrando ao mundo que tais idealizações devem ser rompidas.
Portanto, é imprescindível que medidas sejam executadas visando a atenuação do problema. Para tanto, cabe as empresas, as quais visam demasiadamente o lucro, juntamente com as mídias sociais, irradiarem a ideia de aceitação e boicote a padrões incitados pelo capitalismo, por meio de programas voltados a inclusão e exaltação da heterogeneidade dos indivíduos, quebrando assim os atuais estereótipos criados. Com tal medida, será possível um Brasil que aceite a diferença, e que não busque a perfeição idealizada por Thomas More.
ManuelaComassetto
Oii, tudo bem ?
Achei sua redação praticamente perfeita.
A introdução foi excelente, apresentou o problema e quais seriam as suas teses, além das referencias que enriqueceram demais o seu texto.
As teses foram certeiras e bem desenvolvidas, falou sobre as consequências dessa problemática e finalizou o seu desenvolvimento de forma clara.
Sua conclusão respondeu a todas as perguntas necessárias e deixou soluções viáveis para o problema apresentado.
Meus parabéns, amei sua redação
giulia1616
Mostrou ter bastante repertório citando o livro de Thomas More, o filósofo Zygmunt Bauman e alguns outros.
Boa estrutura, organização do texto. Você escreveu de uma forma clara e respeitou a proposta.
Boa utilização de conectivos no início dos parágrafos e no decorrer do texto.
Você tem bons argumentos, muito bem articulados.
Conclusão muito boa.
Parabéns pelo texto e continue assim.
* Não sou muito boa em dar nota pelas competências do Enem, mas tenho certeza que iria muito bem