Culto à aparência no mundo contemporâneo

Os padrões de beleza estão inseridos na sociedade há milênios. Os gregos antigos já cultuavam a estética, alegando que essa, junto com o intelecto, levava uma pessoa à “perfeição”. Atualmente, esse culto à aparência, continua tendo influência, e frequentemente afetando o bem-estar social, ao fazer com que os indivíduos sofram para se encaixar nos padrões impostos. Diante dessa perspectiva, cabe avaliar os fatores que favorecem esse quadro.

Primeiramente, cabe abordar que, os ideias de beleza impostos pela sociedade, constantemente, levam os indivíduos a uma busca incessante para alcançá-los, que muitas vezes resulta em distúrbios psicológicos e alimentares. O filme “Mínimo para viver”, retrata a vida de uma jovem que sofre de anorexia, distúrbio no qual o paciente não está satisfeito com seu corpo e busca maneiras de mudá-lo, resultando em quadros de ansiedade e prejudicando sua saúde. Situações como essa, estão cada vez mais presentes no cotidiano, o que faz necessário um debate acerca do assunto.

Ademais, outro fator a salientar, é a influência exercida pela indústria da moda. Essa, colabora para a consolidação dos estereótipos acerca da aparência, criando produtos que prometem uma estética dentro do ideal imposto. Segundo o filósofo Theodor Adorno, o consumidor não é soberano, como a indústria cultural queria fazer crer; não é o seu sujeito, mas o seu objeto. Em suma, essa questão também é vista no setor da moda, visto que esse, utiliza da mídia e de propagandas para disseminar oque seria uma estética ideal. Destarte, a imagem divulgada em publicidades, é vista como o padrão a ser seguido, gerando adversidades para aqueles que não se encaixam nele.

Portanto, ainda existem entraves para solucionar o problema e alcançar uma sociedade melhor. Urge, que o CONAR (Conselho Nacional de Autorregulação Publicitária) adote medidas para regulamentar as propagandas, com o intuito de que essas, não divulguem imagens de uma aparência padronizada excessiva, reduzindo os impactos que geram sobre os indivíduos. Além disso, é necessário que os meios de comunicação, em parceria com psicólogos, façam campanhas que abordem o tema, para assim, desconstruir padrões acerca da aparência. Logo, será possível construir uma sociedade integrada.