Crise no sistema prisional

Nas análises de Michel Foucault em Vigiar e punir, entre os séculos XVII e XIX houve uma mudança nas formas de punição em decorrência da nova forma de exercer o poder. O crime deixa de ser considerado uma ofensa pessoal ao rei e torna-se uma prova da ineficiência estatal para com o povo. Consoante este fato, aos criminosos é dado uma segunda chance de reintegração social. Entretanto,no Brasil há falhas no sistema carcerário que impedem essa reintegração e aumentam a criminalidade.

Em primeiro plano, vale salientar que o principal problema no sistema carcerário é a superlotação. As celas são preenchidas com o triplo de sua capacidade e a falta de recursos básicos para alimentação e higiene constantemente causam rebeliões violentas nos presídios.

Além disso, há poucas políticas educacionais para os presos. Desse modo, ao terminarem o cumprimento da pena não conseguem obter emprego o que somado ao estigma social faz com que voltem ao crime para garantir a sobrevivência.

Destarte, torna-se  necessário uma reforma no sistema prisional brasileiro. Primeiramente, os governos estaduais devem melhorar a infraestrutura dos presídios. Ademais, cabe ao Governo Federal criar projetos educativos e fazer acordo com empresas para contratação dos detentos. Assim será possível dar uma nova vida aos ex-detentos e a longo prazo diminuir a criminalidade no país.

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