Consoante o filósofo Karl Marx, o caminho do inferno está pavimentado de boas intenções. Analogamente, a banalização da automedicação, mesmo que feita sob boas intenções, acarreta sérios problemas à saúde do indivíduo, como por exemplo, a banalização da ciência enquanto objeto de estudo, visto que diante de um contexto de crença pessoal acerca dos fármacos, e por conseguinte a automedicação, os profissionais da saúde são marginalizados. Além disso, a automedicação implica no desenvolvimento da hipocondria, onde o indivíduo sente constantemente a necessidade do consumo de remédios, acreditando estar sempre precisando deles. Diante dessa perspectiva, cabe avaliar o fatores que favorecem esse quadro.
Primeiramente, é válido ressaltar os diretos sociais no que diz respeito a saúde. A constituição federal de 1988, assegura no artigo 196 o direito a saúde a todo cidadão brasileiro, e ressalta a responsabilidade estatal acerca disso. No entanto, o Brasil é um país com alto índice de automedicação, prática essa induzida pelo próprio chefe de Estado em meio a crise sanitária do COVID-19, no que diz respeito ao uso da cloroquina. Nesse contexto, profissionais de saúde,como também a Organização Mundial da Saúde, vem sendo duramente questionadas e desacreditadas pela população, que em boa parte, é adepta a automedicação e é negligente quanto as consequências da prática. Visto isso, um contexto de proteção estatal, torna facilmente o Estado enquanto um personagem antagonista no combate ao perigo da indústria farmacêutica, que é a automedicação.
Em segundo plano, é mister salientar que o consumo de medicamentos sem acompanhamento profissional, traz como consequência o desenvolvimento de distúrbios hormonais, obesidade, como também o desenvolvimento da hipocondria, distúrbio que ascende na sociedade brasileira, visto que está diretamente ligado a prática de automedicação. Destarte, o distúrbio implica para o consumo de remédios sem a necessidade do consumo, e até mesmo o desenvolvimento de sintomas sem relação com o estado fisiológico do indivíduo, sendo de caráter psicológico. Outrossim, o consumo de fármacos direcionados a distúrbios psicológicos também são utilizados para o aumento de performance, como retratado na série “Take your pills”, prática dominante entre os estudantes.
Acerca das problemáticas apresentadas, infere-se que há impasses na sociedade, e os perigos da indústria farmacêutica são veementes. Portanto, faz-se necessária a intervenção do Estado, através do Ministério da Saúde, promovendo palestras e distribuindo cartilhas nas escolas, universidade, a fim de conscientizar a população dos perigos em torno da automedicação,e além disso, fiscalizar a venda de remédios sem autorização médica para a população. Dessa forma, a máxima defendida por Marx não será analogia para a atual situação sanitária.
HeloisaAijado
Boa tarde!! Você escreve bem, usa palavras de fácil entendimento e conhece a estrutura textual. Notei erros gramaticais, como citados pela AnaLor, creio que você deveria trabalhar com a questão de vírgula para chegar a excelência. Além disso, no 3º parágrafo, notei a ausência da finalização do parágrafo, resumindo o que disse durante ele, como fez com os demais parágrafos. Mas, de resto, gostei muito do seu texto, daria mais de 850. Parabéns! Continue escrevendo.
AnaLor
Oiê, Vitoria. Tudo bem?
Introdução: “como por exemplo” (como, por exemplo); “e por conseguinte” (e, por conseguinte,); “hipocondria, onde” (hipocondria, em que). Fora esses errinhos, acredito que o parágrafo esteja bem estruturado;
Desenvolvimento: “brasileiro, e ressalta” (brasileiro e ressalta); “em meio a crise sanitária” (em meio à crise sanitária); “acompanhamento profissional, traz” (acompanhamento profissional traz); “do consumo, e até mesmo” (do consumo e, até mesmo,). Tentaria, além disso, tonar os períodos e orações mais concisos, oq acaba por dificultar a interpretação do leitor, e explicar sobre a série “Take Your Pills”;
Conclusão: muito boa.
Enfim, é isso. Parabéns e boa sorte :)