CORRIJO DE VOLTA!!!

Tema: Desafios na inclusão de autistas no Brasil

  Promulgada pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos prevê a todos os indivíduos o direito à honra e ao bem-estar social. Contudo, esse direito não é plenamente evidenciado no Brasil contemporâneo, pois a inclusão da população autista ainda se mostra como um desafio. Nesse âmbito, o preconceito tanto no ambiente educacional, quanto no mercado de trabalho contribuem com a persistência do problema.

  Em primeiro lugar, cabe avaliar que a inclusão dos autistas nas escolas se mostra como um dos fatores que contribui com a problemática. Tal fato evidencia uma quebra do contrato social, proposto por Thomas Hobbes o qual afirma que, em virtude da desigualdade entre os seres humanos, o Estado tem como dever manter a ordem e assegurar os direitos a todos os cidadãos. Entretanto, o atual contexto mostra-se distante dessa realidade, tendo em vista que pessoas autistas, em sua maioria, são excluídas e marginalizadas, principalmente no ambiente escolar. Isso é demonstrado no seriado “Atypical”, disponível na “Netflix”, em que o personagem Sam, que é autista, enfrenta dificuldades para se socializar em seu colégio e, em virtude da sua condição, sofre bullying e exclusão por parte dos seus colegas.

  Ademais, é possível observar, também, que o preconceito com os autistas no mercado de trabalho advém da inconsciência a respeito da competência profissional desses indivíduos. Nesse contexto, o filósofo e sociólogo Karl Marx afirmou que é o indivíduo quem determina a consciência e não o contrário. Assim, a falta dela na população corrobora o impasse, uma vez que essas pessoas desconhecerão a capacidade que autistas, em sua maioria, possuem para realizar diversos tipos de trabalho o que os torna, erroneamente, inválidos para o mercado de trabalho. Tal fator é evidenciado no seriado “The Good Doctor”, em que, devido ao autismo do Dr. Shaun, a equipe médica possui receio em contratá-lo, mas, após a realização dessa ação, o grupo de médicos se surpreende com o alto desempenho profissional dele.

  Portanto, medidas devem ser tomadas para que esses preconceitos sejam quebrados. Destarte, compete ao Estado, como garantidor dos direitos da população, promover a inclusão dos autistas, por meio de palestras nas escolas que devem ser ministradas por psicólogos e pedagogos. Essa ação tem como objetivo conscientizar a população sobre o que é o autismo e, por conseguinte, amenizar a exclusão das pessoas com essa condição. Dessa forma, espera-se que o direito à honra e ao bem-estar social sejam devidamente evidenciados, da mesma maneira como antes almejado pela ONU.