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OS EFEITOS DA ALIENAÇÃO PARENTAL NAS CRIANÇAS BRASILEIRAS/ Vitória Barbosa

 

A lei n°12.318 considera como ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente, induzida pelos que tenham o infantil sob sua autoridade, causando prejuízo ao estabelecimento dos vínculos familiares. Diante disso, observa-se que os efeitos do alienamento parental são negativos, já que distorce a relação da criança com seus parentes. Dessa maneira, é preciso analisar tal quadro intrinsecamente ligado a falta de cuidados especiais com o infante e a negligência judiciária.

 

Primeiramente, o papel da justiça em relação ao futuro das crianças tem intrincado o seu bem estar, uma vez que a temática é pouco tratada e para os magistrados, regularmente, a opinião dos pais é mais relevante do que do infantil. Por exemplo, o caso Bernardo, de 11 anos, assassinado pelo pai e a madrasta. Ainda, antes do ocorrido, Bernardo teria sido proibido de ver os avós pelo genitor, além disso, o garoto havia questionado sobre falta de atenção do mesmo perante a justiça. Mesmo assim, ela  o manteve sob tutela do pai. Nessa ótica, é notável que houve alienação parental por parte do genitor de Bernardo, apesar disso, se a justiça atentar seus ouvidos às vozes das crianças, certamente elas não pagarão com a vida por causa de sua negligência, como ocorreu com o menino.

 

Ademais, é relevante destacar, que em um processo de divórcio a criança enfrente dificuldades em lidar com a situação. Todavia, os pais, muitas vezes, preferem priorizar os conflitos vividos com o ex-parceiro(a), esquecendo que quem se torna o mais prejudicado é seu filho. Nesse viés, segundo o conto ” O Pequeno Príncipe”, muitos adultos já foram crianças, porém esquecem disso por não se importar muito com o bem-estar dos filhos, bem como  estarem muito atarefados, como em casos de divórcio. E por essa falta de atenção, eles começam a apresentar sintomas de síndrome de alienação parental, a qual é considerada doença pela OMS e, traz consequências como depressão. Logo, é necessário se atentar  a saúde mental e sentimental das crianças para que elas não se tornem mentalmente adoecidas.

 

Em suma, urge que o Ministério da Mulher, da Família, e dos Direitos Humanos juntamente com o Ministério da Saúde atuem priorizando o bem-estar dos infantis,com o fito de não destruir sua convivência familiar. Isso pode ser feito através de contratação de profissionais especializados, como psicoterapeutas, no tratamento da síndrome de alienação parental, acompanhando em casos como divórcio dos pais e em proibições de visitas pelos tutores do infante. Dessa forma, o combate contra o alienamento parental será mais eficaz para que as crianças sejam mais compreendidas e suas vidas conservadas.