CORRIJAM PFFF – Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil

A contrarreforma foi um movimento criado pela igreja católica, em meados do século XVI , cujo objetivo era conter os avanços de outras religiões e colocar o catolicismo como a principal crença, fator que mostrou um preconceito e uma incompreensão religiosa principalmente contra o protestantismo. No entanto, tais fatores não se extinguiram na sociedade contemporânea, tendo em vista que a intolerância religiosa ainda é algo presente no Brasil. Isso ocorre devido à falta de conscientização ética dos cidadãos e provinda, também, do descaso com a questão da laicidade.

A princípio, convém ressaltar, que muitos cidadãos brasileiros possuem preconceito com certas religiões, principalmente, de matriz Africana. Tal fator é evidenciado em uma reportagem do site BBC Brasil: “Mais de 70% das ocorrências de violências registradas no Rio de Janeiro são contra pessoas de religiões africanas, números que não param de crescer” dados que apresentam um quadro grave, por ser evidenciado um grande número de casos de discriminação. Nesse sentido, como retrata o livro “Casa-Grande e Sensazala”, que narra a história de escravos e índios no Brasil e como sofriam com o preconceito,  a origem dessa discriminação está ligado ao racismo e a associação da religião com práticas de bruxarias, e assim, mostra a alienação por parte da sociedade por relacionar crenças com cores de pele.

Outrossim, é possível salientar a negligência do Estado, que como o garantidor do direito á autonomia, está sendo falho. Conforme a Constituição Federal de 1988 a liberdade de culto deve ser garantida por toda a população brasileira. Entretanto, os frequentes e graves casos de intolerância religiosa, evidenciados diariamente, também possuem como causa a aproximação do Governo, em períodos anteriores, como o colonial, com a igreja católica, e a dificuldade para ele se manter neutro, laico, e distante dessas doutrinas cristãs pregadas anteriormente.

Destarte, medidas devem ser realizadas para solucionar esses impasses. Nesse contexto, compete ás escolas atreladas ao Ministério da Educação (MEC), que tem como função social garantir o conhecimento dos infantes, promoverem campanhas cujo o tema seria “A liberdade religiosa como direito de todos”, por meio de palestras nas salas de aula e das redes midiáticas do MEC, com finalidade de conscientizar os adolescentes desde o início de suas vidas estudantis sobre a importância de cada religião e como todas devem ser respeitadas, e assim, passarem ideias positivas para seus futuros filhos e amigos. Com isso, um maior respeito será plenamente evidenciado, divergindo do livro “Casa-Grande e Senzala” citado anteriormente.