Correção para a comunidade. Desafios para a democratização da arte urbana

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“A arte existe porque a vida não basta”. Esse pensamento de Ferreira Gullar, poeta maranhense, ilustra bem a importância das manifestações artísticas para a sociedade, uma vez que é uma expressão que ultrapassa gerações. No entanto, a arte do espaço urbano brasileiro não é acessível para todos, infelizmente. Acerca disso, cabe destacar não só a falta de apoio governamental aos artistas locais, mas também a insuficiência de projetos artísticos em áreas periféricas, como desafios que precisam ser superados.

Em primeiro lugar, convém ressaltar a pequena presença de obras de artistas locais nas cidades do país. Sob tal perspectiva, a Semana de Arte Moderna de 1922 foi um movimento inovador, que propôs a criação de uma arte mais brasileira e que valorizasse a identidade nacional. Entretanto, tal proposta não está incorporada aos atuais planos do governo, já que, não há um suporte para promover a arte urbana e, inclusive, são comuns as retiradas de expressões artísticas populares. Com base nisso, é evidente a necessidade de valorização do fazer artístico de cada localidade, independentemente de sua origem.

Outrossim, é possível perceber que a realização de intervenções e instalações de arte, nas periferias dos centros urbanos, é incipiente. Nesse sentido, como o governo tem privilegiado somente as áreas centrais com a construção, por exemplo, de museus e monumentos, é nítida uma preocupante segregação socioespacial. Assim, o Estado está falhando em cumprir seu dever de agir contra a desigualdade- princípio defendido por Rousseau, em sua teoria contratualista. Logo, os locais onde residem as populações menos favorecidas não têm sua paisagem transformada pela arte, a qual tem o poder de ressignificar o espaço urbano.

Portanto, a fim de incluir todas as parcelas da população aos papéis de artistas ou de apreciadores da arte urbana, urge que as prefeituras municipais desenvolvam projetos artísticos visando, principalmente, as áreas periféricas, uma vez que tais localidades são as mais carentes quanto a esses investimentos. Essa ação deve ser feita mediante a contratação de artistas do próprio local beneficiado. Só assim, a arte poderá cumprir seu papel na vida humana.

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2 Correções

  1. CORREÇÃO:
    D2: ” Assim, o Estado está falhando em cumprir seu dever de agir contra a desigualdade- princípio defendido por Rousseau, em sua teoria contratualista.”- Evite o uso de gerúndio na redação- Você perderia ponto na competência 4.
    CONCLUSÃO: ” urge que as prefeituras municipais desenvolvam um erro do projetos artísticos visando, principalmente, as áreas periféricas, uma vez que tais localidades são as mais carentes quanto a esses investimentos.”- “URGE”, Foi um erro do corretor, então caso vá fazer a prova digital, cuidado!
    E mais uma vez você usou o gerúndio, então perderá mais pontos.
    Você iniciou sua introdução com o pensamento de Ferreira Gullar, então aborde novamente para concluir com chave de ouro.

    COMPETÊNCIAS:
    C1:150
    C2:200
    C3: 150
    C4: 150
    C5: 200
    NOTA FINAL: 850

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  2. 1- Domínio da escrita formal da língua portuguesa
    É avaliado se a redação do participante está adequada às regras de ortografia, como acentuação, ortografia, uso de hífen, emprego de letras maiúsculas e minúsculas e separação silábica. Ainda são analisadas a regência verbal e nominal, concordância verbal e nominal, pontuação, paralelismo, emprego de pronomes e crase.
    2- Compreender o tema e não fugir do que é proposto
    Avalia as habilidades integradas de leitura e de escrita do candidato. O tema constitui o núcleo das ideias sobre as quais a redação deve ser organizada e é caracterizado por ser uma delimitação de um assunto mais abrangente.
    3- Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista
    O candidato precisa elaborar um texto que apresente, claramente, uma ideia a ser defendida e os argumentos que justifiquem a posição assumida em relação à temática da proposta da redação. Trata da coerência e da plausibilidade entre as ideias apresentadas no texto, o que é garantido pelo planejamento prévio à escrita, ou seja, pela elaboração de um projeto de texto.
    4- Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação
    São avaliados itens relacionados à estruturação lógica e formal entre as partes da redação. A organização textual exige que as frases e os parágrafos estabeleçam entre si uma relação que garanta uma sequência coerente do texto e a interdependência entre as ideias.
    Preposições, conjunções, advérbios e locuções adverbiais são responsáveis pela coesão do texto porque estabelecem uma inter-relação entre orações, frases e parágrafos. Cada parágrafo será composto por um ou mais períodos também articulados. Cada ideia nova precisa estabelecer relação com as anteriores.
    5- Respeito aos direitos humanos
    Apresentar uma proposta de intervenção para o problema abordado que respeite os direitos humanos. Propor uma intervenção para o problema apresentado pelo tema significa sugerir uma iniciativa que busque, mesmo que minimamente, enfrentá-lo. A elaboração de uma proposta de intervenção na prova de redação do Enem representa uma ocasião para que o candidato demonstre o preparo para o exercício da cidadania, para atuar na realidade em consonância com os direitos humanos.
    Estude e boa sorte! Terá uma excelente nota! Foi uma das melhores redações desse site!
    Peço para corrigir minha redação no meu perfil ,aguardo colega

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