A Copa do Mundo é um campeonato o qual países disputam entre si com o propósito de definir o melhor dos melhores. A copa masculina mundial promete movimentar cerca de US$ 220 bilhões no ano de 2022 conforme o Catar, país que sediará tamanho evento. No entanto, é perceptível as desigualdades sociais e econômicas vigentes em tal competição, como as desigualdades de gênero, salário e censura.
Atualmente, um dos principais problemas para as mulheres atletas é o salário. Para compreender melhor, em 2018 a jogadora Ada Hegerberg vista como a mais bem paga na modalidade feminina de futebol recebia 208 vezes menos que Messi, atleta melhor pago na modalidade masculina. Subsequente, a Federação Americana de Futebol, Estados Unidos, investiu 3 vezes menos na Copa do Mundo Feminina em 2015 em relação à copa masculina de 2014, contraditoriamente, as mulheres consagraram-se campeãs, enquanto o gênero oposto foi eliminado nas oitavas de final.
As mulheres, desde décadas anteriores, não possuem tanto destaque no esporte quanto merecem devido ao patriarcalismo e ao machismo enraizado na sociedade. Tanto que a primeira disputa de futebol masculino no Brasil ocorreu em 1895, enquanto na modalidade feminina, apenas em 1921. Para alguns membros da sociedade ainda, as mulheres não deveria praticar esportes, tanto que Getúlio Vargas – antigo presidente brasileiro – assinou um decreto em 1941 o qual afirmava que não era permitido para elas a prática de modalidades incompatíveis com sua natureza, sendo ele reformulado em 1965 e dissolvido em 1979.
A luta das mulheres por igualdade e respeito é constante, pois assim como obtiveram muitas conquistas ainda precisam batalhar mais pelos seus direitos. Para auxiliar nesse processo de aceitação e valorização, a FIFA (Federação Internacional de Futebol Associado) deve implementar a obrigatoriedade de investimentos acordantes para as seleções femininas e masculinas dos países participantes além da igualdade salarial como regulamento padrão e imprescindível entre gêneros na realização das Copas do Mundo. Além disso, os países deveriam promover por meio de órgãos voltados para a educação e esporte (como o Ministério da Educação no Brasil) o incentivo ao esporte feminino associado à torneios e campeonatos internos em instituições de ensino assim como entre escolas e a valorização das escolinhas de futebol que abrigam meninas.