No século XVIII, com a ascensão do Iluminismo na França, a ideia de que a liberdade de expressão é natural ao Homem ganhou força. Na Constituição Federal brasileira de 1988, a manifestação de pensamento e expressão é livre e independente de censura. Partindo desse viés, a década de 2010 foi marcada por grandes inovações tecnológicas, aumentando exponencialmente a popularidade de redes sociais como o Facebook e o WhatsApp, que juntas são responsáveis pela disseminação da maior parte de informações do mundo. Devido a esse apogeu, aos poucos foram surgindo as chamadas Fake News, gerando questionamentos como: controle das Fake News representam cerceamento da liberdade do indivíduo?
Há quem diga que sim. Porém, como disse o filósofo inglês Spencer ‘’ a liberdade de cada um termina quando a do outro começa ‘’. Utilizadas como instrumentos para a manipulação e alienação da sociedade, como ocorre em movimentos antivacina e terraplanismo, as notícias falsas têm o poder de cercear a liberdade que o indivíduo tem de saber a verdade, que é própria dele, ficando a mercê de discursos tendenciosos pautados em achismos negacionistas.
Ademais, tratar o refreamento de Fake News como privação à liberdade de expressão, além de demonstrar uma linha de pensamento não crítica, demonstra um desrespeito à democracia. Desse modo, em um contexto mais específico, como as eleições presidências do Brasil, juntamente com a falta de uma lei que puna os disseminadores de Fake News e uma população submetida ao senso comum, o não controle é capaz de gerar um caos social em que as pessoas não conseguem distinguir o que é real e o que não é. Por conta disso, a sociedade torna-se susceptível a tomar decisões precipitadas e influenciadas, adquirindo-se assim um caráter injusto e antidemocrático.
É evidente, por tanto, que o controle das Fake News não representa um cerceamento das liberdades do indivíduo, mas demonstra a necessidade da criação de leis e de mecanismos que condenem e avaliem, respectivamente, o que é fato e o que não é. Só assim a autonomia individual e coletiva e a democracia permanecerão na sociedade.
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OBS: Corrigir com um olhar voltado para a Unesp, por favor. Eu agradeço desde já.
IsadoraWelzel
Ótimo texto, muito bem escrito e rico em informações. Cuide com regras básicas de ortografia. Como “suscetível” ao invés de “susceptível”, e “portanto” ao invés de “por tanto”. Além disso, evite certas expressões que denotam marcas de oralidade ou que indiquem duplo sentido, como “ficando a mercê”. Em relação à estrutura do texto, achei interessante a sua estratégia de coesão entre o parágrafo introdutório e o primeiro parágrafo de desenvolvimento por meio de uma pergunta. No mais, em relação à conclusão, acredito que ela poderia ser melhor desenvolvida e um pouco menos incisiva. Seria interessante dar uma atenção mais específica para o fechamento do texto.