Consequências do tabagismo na sociedade brasileira.

      Sob a perspectiva histórica, o Movimento Woodstock desencadeado nos Estados Unidos, em 1969, representou a explícita veiculação de drogas entre os jovens em um cenário político e social caótico provocado pela Guerra do Vietnã. Nesse contexto, o elevado e constante uso de substâncias psicotrópicas, como a nicotina, por exemplo, sinaliza vícios presentes no cerne social. Assim, convém analisar a formação da dependência do tabaco e o impacto da nicotina na saúde dos fumantes passivos.

      Em primeira análise, em alusão às ideias do sociólogo Max Weber, o estudo comunitário deve basear-se na compreensão da “Ação Social”, isto é, no sentido da decisão individual. Por esse pensamento, a escolha humana está relacionada com a perspectiva que o ser possui de sua vida, uma vez que a dependência surge como alternativa momentânea para os problemas que o aflige. Dessa forma, a habituação do uso do cigarro não é apenas um entrave para a saúde, é também uma problemática de cunho social, sob a óptica weberiana.

      Ademais, de acordo com a filósofa Hannah Arendt, quando uma atitude agressiva ocorre regularmente, os indivíduos param de vê-la como errônea. Analogamente, na hodiernidade, o consumo frequente de substâncias químicas foi naturalizado. Logo, observa-se uma diminuição da empatia entre as pessoas e uma potencialização do sentimento individualista, haja vista a violação legislativa quanto ao uso de cigarros em espaços públicos. Dessa forma, os danos causados aos fumantes passivos são preocupantes, como o surgimento de afecções respiratórias crônicas.

      Depreende-se, portanto, que a compulsão pelo tabaco e os efeitos negativos na saúde dos não usuários constituem desafios. Para superá-los, cabe ao Ministério da Saúde instituir programas de saúde pública destinados à auxiliar nos processor de ansiedade humana, visto que as crises propiciam o uso de drogas como solução passageira das adversidades, por meio de consultas frequentes com psicólogos nos postos de saúde, com o fito de diminuir o índice de dependentes. Além disso, faz-se necessário que os guardas públicos comuniquem aos usuários da proibição definida legislativamente.