Consequências do conflito premeditado como estratégia política no Brasil

Na obra “A república”, o filósofo Platão idealiza uma cidade livre de desordens, em que o povo trabalha em conjunto para superar os obstáculos. Fora da ilustre produção literária,  percebe-se o oposto da ideia de Platão, visto que o conflito premeditado como estratégia política no Brasil apresenta consequências de grandes proporções. Nesse âmbito, é lícito destacar o mau uso da mídia e o egoísmo.

Diante desse cenário, a mídia prejudica os debates passivos sobre a política. Segundo a francesa Simone de Beauvoir, a sociedade generaliza um problema como um fato normal. Sob essa lógica, discursos de ódio e as noticias falsas recorrentes nas redes sociais se tornam cada vez mais presentes, como ofensas voltadas, principalmente, aos indivíduos que possuem uma opinião política oposta, de modo a gerar, muitas vezes, problemas psicológicos nas pessoas atacadas e diálogos violentos.  Dessa forma, tal ação imprudente se torna uma negligência à democracia.

Outrossim,  é crucial explorar o efeito do egoísmo como outro agente influenciador do revés. De acordo com a literatura machadiana, é possível observar a ausência de moralidade como inerente ao homem. Nesse sentido, o egoísmo voltado a opiniões políticas contraditórias torna-se um conflito, visto que as pessoas usam seu próprio pensamento como a única verdade e, consequentemente surge a violência e a desunião dos brasileiros. Assim, enquanto a falta de empatia persistir, as dificuldades aos conflitos políticos premeditados continuarão em vigor na sociedade.

Portanto, é indispensável intervir sobre o problema. Para isso, a mídia, a exemplo do Instagram e Twitter, deve criar um projeto, o qual poste semanalmente notícias verdadeiras sobre a política e ainda denuncie discursos de ódio, tal como postagens ou comentários, mediante contas imparciais perante a política, a fim de conquistar uma maior liberdade democrática e uma discussão política adequada.  Com isso, o Brasil se aproxima do pensamento de Platão,