Consequências da evasão escolar para a sociedade brasileira (SE POSSÍVEL, CORRIJAM DE ACORDO COM AS COMPETÊNCIA DO ENEM, POR FAVOR.)

         De acordo com o art.3º, I da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), configura-se como um dos princípios essenciais para a ministração do ensino a “igualdade de condições para o acesso e permanência na escola”. Todavia, observa-se que, no Brasil, existe uma parcela considerável de alunos do Ensino Fundamental e Médio cuja contemplação de tal direito lhe é interrompida ou negada. Por conseguinte, o aumento da desigualdade social e a limitação da consciência cidadã podem ser apontadas como consequências da evasão escolar para a sociedade brasileira.

         Pertencente ao grupo de problemas enfrentados pelo país, o aumento da desigualdade social é ainda mais intensificado pelo abandono escolar, visto que conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 20% das 50 milhões de pessoas com idades entre 14 e 29 anos ainda não haviam concluído alguma das etapas da educação básica. Assim, a probabilidade de melhoria do aspecto socioeconômico de pessoas nesta situação é notavelmente reduzida. Logo, a sociedade brasileira é diretamente afetada por esse comportamento, uma vez que a evasão também compromete o cálculo das taxas de rendimento escolar.

         Ademais, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) ao apresentar as dez competências gerais que os estudantes devem desenvolver no decorrer da vida escolar, pontua na décima competência que estes devem tomar “decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários”. Dessa forma, é na escola que os discentes passam a ter o conhecimento mais amplo sobre o exercício de sua cidadania, entretanto, ao abandoná-la, essa parte da formação se torna amplamente prejudicada, fomentando, assim, a limitação da consciência cidadã dos alunos e, consequentemente, agravando os problemas já existentes na sociedade brasileira.

        Portanto, urge que o Governo Federal em parceria com o Ministério da Educação (MEC), maior instância educacional do país, disponibilize os recursos necessários para que os alunos com dificuldades possam ser mantidos na escola. Tal ação pode ser concretizada por meio da ampliação da infraestrutura das escolas localizadas em áreas mais carentes, pelo oferecimento de apoio psicológico ao alunado, bem como por acompanhamento constante da assistência social, a fim de que os estudantes se sintam apoiados e incentivados a não se evadir do ambiente escolar. Desse modo, a sociedade brasileira poderá se tornar menos desigual e mais consciente de sua cidadania.