Comportamento do brasileiro no trânsito

Durante o governo do presidente Juscelino Kubitschek, houve um estímulo à indústria automobilística no Brasil. Com isso, e mediante a concessão de créditos em governos subsequentes, a população teve o acesso facilitado a um veículo. No entanto, a ausência de responsabilidade dos condutores tornou o trânsito perigoso. Desse modo, o uso da violência e a imprudência são características comportamentais de boa parte dos brasileiros nas vias, o que tornam tênues os limites entre a vida e a morte.

A priori, em razão da preferência pelo transporte individual, o tráfego de automóveis mostra-se lento e estressante. Nesse cenário, um pequeno incidente é motivo para brigas, afinal as pessoas encontram-se mais dispostas à impaciência. Somado a isso, o armamento facilitado acentua a periculosidade da situação, em contraponto à filosofia de Jean-Paul Sartre de que a violência é sempre uma derrota.

A posteriori, destacam-se os abusos dos condutores, tais como: falta de equipamento de proteção, uso de bebidas alcoólicas e/ou celular, além de ultrapassagens à altas velocidades. Tais ações são frequentes – apesar do esforço das mídias publicitárias-, isso porque é irrelevada a finitude da vida. Em outras palavras, carece prudência aos indivíduos, conforme exposto por Pablo Neruda: “Você é livre para fazer as suas escolhas, mas é prisioneiro das consequências”.

Diante do panorama apresentado, é imprescindível educar os brasileiros para provocar uma mudança comportamental. Urge, portanto, aos órgãos de trânsito, como o DETRAN, tornar obrigatórias aulas de segurança, ministradas por meio de profissionais capacitados, a fim de convencer os indivíduos dos ricos assumidos por posturas inadequadas. Dessa forma, espera-se consolidar na população o pensamento de Pablo Neruda.