Como valorizar a arte de autoria feminina no Brasil

Artemísia Gentileschi foi uma talentosa pintora italiana barroca do século XVII, adotava técnicas parecidas do grande artista Caravagio, que até hoje tem suas obras lembradas, porém, não pode se dizer o mesmo da pintora, dado que seu nome foi esquecido. Esse panorama auxilia na análise da problemática da falta da valorização da arte de autoria feminina no Brasil que dificulta o reconhecimento e surgimento de grandes artistas e persiste pela desigualdade de gênero.

É relevante abordar, primeiramente, que não há devido reconhecimento de artistas mulheres do passado, na atualidade, pois no Metropoliam Museum, em Nova Iorque, 95% dos artistas na seção de arte moderna são homens. Dessa forma, sempre existiram obras femininas brilhantes, mas pela desigualdade de gênero elas são esquecidas, tendo todo o seu potencial desconsiderado e por consequência impede que sirvam de inspiração para outras meninas.

Cabe mencionar, que isso é um problema histórico, uma vez que desde a antiguidade a mulher era privada de diversas atividades no Brasil, como o voto, assim, as esposas eram vistas apenas como donas de casa. Desse modo, o poder feminino esteve lutando constantemente pela igualdade de gênero, apesar, de infelizmente, a supremacia masculina persistir e impossibilitar o reconhecimento de obras de autoria feminina.

Nesse sentido, é dever do Governo Federal junto do Ministério da Mulher desenvolver projetos, por meio das redes sociais e da televisão, como um mês da mulher na arte, no qual cada dia seria apresentado biografias e obras de diferentes artistas, com o propósito de efetuar o reconhecimento das magníficas brasileiras, diminuir a desigualdade de gênero e promover a inspiração para novas garotas desenvolverem seus talentos. Portanto, iria evitar que grandes fenômenos, como a Gentileschi fossem esquecidos e facilitar a valorização de obras de autoria feminina.