Como situações de crise afetam a qualidade alimentar da população brasileira

No filme “Vingadores: Guerra Infinita” retrata-se a história de Thanos, um vilão que almeja dizimar metade das formas de vida(incluindo extraterrestres) para que restasse alimento para os sobreviventes. Fora da ficção, a comunidade brasileira encontra dificuldades quanto à manutenção da qualidade alimentar, posto que a Unicef informa a quantidade de 20, 7 milhões de brasileiros que deixaram de comer adequadamente desde o início da pandemia. Nesse sentido, as causas dessa conjuntura são o individualismo e o silenciamento.

Em primeiro lugar, vale ressaltar o papel do egocentrismo para o agravamento da fome no Brasil em tempos de crise. Sob esse viés, o filósofo polonês Zygmunt Bauman afirma que a sociedade contemporânea está pautada no egoísmo. Outrossim, no contexto do novo coronavírus, é perceptível que a falta de empatia por parte de algumas pessoas, que podem auxiliar financeiramente aqueles que não podem se alimentar devido à falta de dinheiro,  mas não o fazem, contribui para a problemática. Sob esse prisma, essa incapacidade de se colocar no lugar do outro caracteriza o egoísmo, que existe por causa da ausência de responsabilidade individual, porém também é estimulada pela má atuação da família e do Governo, em geral.

Em segundo lugar, é imprescindível notar a relevância que a falta de debate tem na perpetuação do impasse supracitado. A esse respeito, o filósofo Jurgen Habermas afirma que a comunicação é um modo de ação, posto que ao debater sobre um fato, a tendência é haver a mudança da mentalidade coletiva. Por outro lado, a população tupiniquim, em geral, não discute sobre os inaceitáveis efeitos das crises, por exemplo da pandemia do novo coronavírus, para a diminuição da qualidade alimentar de alguns brasileiros. Com isso, infelizmente, essa inércia comunicativa ocorre devido à indiferença que parte dos brasileiros têm para com os problemas nacionais, a qual é sustentada pela falsa noção de que a interferência em assuntos políticos é ineficaz.

Depreende-se, portanto, que cabe ao Ministério da Educação – órgão responsável pela educação infantil, profissional e tecnológica no Brasil – promover atividades extracurriculares de debate, por meio de uma instrução pedagógica às escolas públicas, com o intuito de estimular discussões sobre os efeitos das crises na qualidade alimentar dos brasileiros. Além disso, é dever dos pais ou responsáveis de família instruírem aos seus filhos a respeito de como agir com altruísmo diante da sociedade, o que poderia ser feito com exemplos práticos, como a doação de esmolas aos mais necessitados. Essa educação tem a finalidade de romper com o pensamento egoísta e será auxiliada por intermédio da leitura de livros voltados ao modo de educar corretamente aos filhos.