Como reduzir a produção e o descarte ilegal de lixo no Brasil?

       O modelo de produção Taylor-fordista foi uma reestruturação econômica do capitalismo no século XX, que introduziu a produção em massa e o incentivo ao consumo exagerado por parte dos indivíduos. Na contemporaneidade, as consequências desse fato são percebidas no que se refere ao consumismo desenfreado e, consequentemente, às problemáticas do destino incorreto dos resíduos. Nesse sentido, torna-se indubitável debater acerca da produção e o descarte ilegal de lixo no Brasil, empecilhos exponenciados pela negligência estatal no destino de resíduos e  a falta de coleta seletiva individual.

          Convém ressaltar, a princípio, que a falta de comprometimento ambiental por parte do Estado é um dos grandes causadores do destino inadequado de resíduos. Nesse viés, de acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, o Brasil destina corretamente apenas cerca de 60% do lixo que produz, o restante é enviado para lixões a céu aberto. Tais lugares são poluentes para a fauna, flora e população local, além de contaminar o solo. Dessa forma, sem políticas públicas para destinar os resíduos de maneira correta, o descarte continuará sendo errôneo e ilegal.

    Do mesmo modo, grande parte da população não adota medidas que auxiliam no processo de reutilização e descarte adequado do lixo. Nessa perspectiva, a Coleta Seletiva se baseia na separação dos resíduos domésticos, colocando os materiais iguais juntos e não misturando o lixo seco e o úmido. Toma-se como exemplo a seleção que pode ser feita em casa, colocando cada tipo de material em uma sacola diferente. Entretanto, como não há uma cultura de separação de resíduos, torna-se ainda mais difícil fazer a reutilização e destinar o lixo de maneira correta.

        Infere-se, portanto, que medidas sejam tomadas para que o descarte ilegal das impurezas seja reduzido. É preciso que o Ministério do Meio Ambiente faça associações com empresas especializadas no descarte de lixo, que visem destinar corretamente os resíduos e reduzir os lixões no Brasil. Ademais, cabe também à mídia juntamente à sociedade conscientizar os indivíduos para a realização da coleta seletiva, por intermédio de palestras educativas ministradas por órgãos ambientais, que busquem separar o lixo para fazer a reciclagem. Por meios como esses será possível corrigir o descarte de resíduos e frear consequências do consumismo proveniente do Taylor-fordismo.