Como promover a inclusão social de ex- presidiários no Brasil

O Código Penal de 1984 estabelece a função ressocializadora da pena para evitar a reincidência. Todavia, em muitos presídios brasileiros essa é uma realidade distante, devido a negligência das autoridades para com essa problemática. Dessa forma, é necessário debater acerca do programa de inclusão social de ex-presos.

Precipuamente, vale destacar o preconceito que os ex-presidiários sofrem, o que dificulta a sua inclusão na sociedade, como exemplifica Zygmunt Bauman em seu livro “vidas desperdiçadas” no qual ele faz uma comparação do lixo com os indivíduos que não tem serventia para a população, que tenta descartá-los a todo custo, desde aterros a lugares próprios, como a prisão. Em suma, a população não oferece espaço para ex-presos que, geralmente, não encontram oportunidade de emprego, em virtude disso, há a recaída.

Outrossim, é inquestionável que diversos presídios nacionais não oferecem o essencial apoio aos presidiários, não disponibilizando programas de formação escolar ou capacitação profissional, que atuam como estratégia para não haver reincidência. Ademais, em muitas prisões há a superlotação nas celas, o que não contribui para a reeducação desses indivíduos, visto que são tratados de forma desumana.

Portanto, faz-se necessário que o Governo Federal atue junto ao Ministério da Justiça para mitigar essa problemática, investindo na infraestrutura dos presídios, tornando eficaz os programas de ressocialização. Além disso, com a união do poder público e sociedade civil sejam promovidos programas sociais de longo prazo para diminuir a procura pelo crime. A fim de instigar a inclusão social de ex-presidiários no país.

(Se possível, atribuam nota💖)