Combate ao uso indiscriminado de tecnologias de informação por crianças

Na série televisiva “Os jetsons”, é retratada uma família vivendo em um futuro repleto de inovações tecnológicas avançadas para a época. Analogamente, em nossa realidade, as famílias brasileiras estão cada vez mais aderindo às novas tecnologias; e as crianças, por sua vez, também fazem parte desse processo, utilizando muitas vezes de forma indiscriminada. Sob essa premissa, entende-se que o descontrole infantil no mundo virtual se dá pela falta de atenção dos responsáveis e pelo contato bastante precoce com essas tecnologias.

Inicialmente, é válido destacar dados de uma pesquisa feita em 2019 pela Sociedade Mineira de Pediatria (SMP), em que das crianças participantes, cerca de 82% navegam pelo celular diariamente. Isso ocorre devido ao fato de os pais ou responsáveis não monitorarem devidamente o tempo destinado ao uso do celular e internet por suas crianças. Com isso, elas se vêem à vontade para utilizar sem o adequado controle ao decorrer do dia.

Ademais, a apresentação precoce das redes sociais para os mais novos é também algo arriscado. Na mesma pesquisa realizada pela SMP, revela-se que 43% das crianças entre 9 e 10 anos possuem um perfil em alguma rede social. Dessa forma, o grau de risco se dá no fato de que quanto mais cedo a criança é exposta ao mundo virtual e sem controle, mais cedo e mais elevado será o seu nível de dependência dele no futuro.

Em vista do que foi apresentado, conclui-se que o Ministério da Educação e Cidadania (MEC), além de promover campanhas contra o uso precoce e descontrolado das mídias sociais por crianças, deve exigir a restrição dos usuários nos aplicativos sociais com base na idade, apresentado nestes obrigatoriedade dos dados dos responsáveis na criação de uma nova conta e mensagens aos mesmos de conscientização. Para que assim, as famílias brasileiras repensem sobre como devem orientar suas crianças, e para que essas não formem cidadãos ainda mais dependentes do universo virtual no futuro.