Combate ao assédio moral no serviço público

Em 1789, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão – documento fundador do Iluminismo – assegurou a todos o direito à dignidade humana. Todavia, os problemas advindos do assédio moral no trabalho impedem que a sociedade contemporânea experimente as garantias consolidadas pelo tratado internacional, o que exige a desconstrução da questão hierárquica e do desconhecimento do trabalhador acerca dos direitos assegurados.(1)

1 – tese: questão hierárquica e desconhecimento(causadores do problema).
Diante desse cenário, é valido pontuar a hierarquia nas relações de trabalho como agravante do revés. Nesse sentido, ao traçar um panorama com as condições trabalhistas da 1° Revolução Industrial, ocorrida na Inglaterra, infere-se que(2) o assédio moral era uma forma de os indivíduos persistirem no ambiente de trabalho insalubre. Passados séculos, a presença de características abusivas está, majoritariamente, ligada aos serviços públicos, já que a integridade do trabalhador é deixada à mercê dos seus patrões, hierarquicamente maiores, os quais são os precursores dessa conduta que atinge a moral do indivíduo, seja quando exigem metas inatingíveis nas atividades laborais, alegando a incapacidade dos funcionários, ou quando negam folgas e feriados. Desse modo, faz-se necessária a reformulação da postura integracionista, em virtude de que promover essa conjuntura pode, de fato, minimizar o assédio moral na esfera de trabalho.(3)
2 – Poderia deixar essa frase mais clara: suportar o assédio moral era uma forma de permanecer no ambiente de trabalho. Do jeito que está escrito, parece que os trabalhadores precisavam assediar os outros moralmente para permanecer no trabalho.
3 – Penso que você poderia ter desenvolvido mais informações sobre a postura integracionista, que foi citada sem muitas informações, poderia explicar o porquê de essa postura minimizar o assédio moral no trabalho. Mas no restante, você tem uma gramática excelente e argumenta muito bem.
De outra parte, existem convenções – como a 190 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) – que estabelecem preceitos com o fito de que o trabalhador seja protegido de todo e qualquer ato que afere a sua integridade física e psicológica. No entanto, por mais que tais acordos visem à proteção dos trabalhadores, assegurando-lhes direitos essenciais ao seu bem-estar, muito deles, especificamente dos setores públicos, desconhecem as leis que os protegem, de modo que isso se torna um fator capaz de alavancar as práticas de impertinência à moralidade.(4) Logo, é imprescindível levar informação às vítimas de tais práticas, pois é a partir da tutela jurisdicional que se verão livres desse nocivo quadro.
4 – Muito bom, uso do repertório produtivo e relevante em relação ao tema. No entanto, atente-se a levantar quais motivos são responsáveis por esse desconhecimento por parte de alguns trabalhadores, a fim de aprofundar a argumentação em vista a solucionar o problema.