combate à violência urbana como estratégia de aumento na qualidade de vida

O crescimento populacional urbano, especialmente nas cidades brasileiras mais habitadas, não apenas trouxe como também amplificou e tornou rotineiro muitos problemas decorrentes deste fenômeno, como por exemplos as falhas intermitentes ou insuficientes dos serviços essenciais (água, luz, entre outros), as doenças psicossomáticas como a depressão e stress ou ainda a violência urbana, nas suas mais diversas formas. E aqui ousa-se mencionar que a redução da violência urbana acarretaria na melhoria de qualidade de vida das pessoas, não apenas neste fator mas também em outros, como por exemplo em pessoas menos estressadas devido a sensação de alívio causada ao se sentirem mais seguras.

Em nosso país, infelizmente, ocorrem em quantidade cada vez mais crescente lamentáveis episódios de violência urbana em suas mais diversas formas. Assaltos, sequestros, estupros, roubos ou furtos, latrocínios, entre muitos outros crimes previstos na legislação brasileira mas muitas vezes absolvidos ou punidos de forma branda. Porém, a punição quando ocorre é extremamente ineficiente e medieval. Afinal, manter autores de delitos trancafiados juntos em espaços minúsculos e em condições deploráveis não farão destes melhores cidadãos.

Por outro lado, muitos atos de violência urbana são motivados pela falta de oportunidades e suporte social aos infratores. Sabe-se que muitas pessoas que se encaminham ao mundo do crime o fazem por falta de uma perspectiva de crescimento pessoal e social adequados, que se fossem mais e melhor ofertados pelo tecido social urbano neutralizariam muitos dos atos de violência urbana.

Assim sendo, perceberíamos uma vertiginosa redução da violência urbana se o encarceramento dos autores de pequenos delitos fosse substituída por penalidades alternativas, como a prestação de serviços comunitários aliada a uma formação técnico-profissional obrigatória. Desta forma, os apenados não apenas contribuiriam para a melhoria das estruturas físicas dos centros urbanos, mas também aprenderiam um novo ofício e se sentiriam necessários e produtivos ao tecido social. Desta forma, muitos agentes da violência urbana seriam substituídos por importantes edificadores de um ambiente urbano de qualidade.