“Construímos muitos muros e poucas pontes”. Essa afirmação do teólogo e cientista inglês Isaac Newton pode ser facilmente aplicada ao comportamento da sociedade diante ao combate a violência policial no século XXI, já que essa entrave é marcada na sociedade por concentrar a construção de barreiras sociais e a escassez de medidas para a sua erradicação. Assim, torna-se claro que esse panorama tem origem na negligência do Estado, de tal forma que se o problema é ignorado, consequências são geradas. Desse modo, atuam agravando o quadro central não só o silenciamento social, mas também o deficitário auxílio do Estado no combate a essa violência.
Em primeiro plano, é importante pontuar que o silenciamento apresenta-se como um fator que contribui para a permanência da violência policial. Nessa perspectiva, a filósofa e ativista Djamila Ribeiro traz uma contribuição relevante ao defender que, para pensar soluções para uma realidade é necessário tirá-las da invisibilidade. Por essa óptica, posto que o problema carece de atenção às pessoas acabam por não notá-las, visto que não se há discussões que frizem as advertências para quem pratica e por não haver sensibilização com essa situação, fazem com que o impasse persista.
Ademais, o contratualista John Locke afirma ser dever do Estado a garantia de direitos imprescindíveis a todos os cidadãos, garantindo o bem-estar social. Sob a ótica do filósofo, então, pressupõe-se que o governo deva auxiliar de forma possível, os indivíduos que tange a ostilidade policial, fator essencial para que se possa viver de forma adequada livre dessa violência. Contudo, no Brasil, percebe-se que os órgãos responsáveis continuamente falham no seu compromisso para com o cidadão, uma vez que sua negligência fortalece o agravamento e o surgimento de novos casos.
Por conseguinte, torna-se indispensável a adoção de medidas capazes de assegurar a mazela descrita. Para tanto, cabe ao Ministério da Educação e Justiça, em uma ação conjunta aos Governos Estaduais, a elaboração de punições mais severas assim como a fiscalização de órgãos voltados exclusivamente à análise de situações violentas. Por meio de direcionamento de verbas esses espaços devem conter profissionais da área da segurança pública para a realização de abordagem imediata do opressor, além de psicólogos capacitados para o atendimento das vítimas em questão, a fim de formar uma rede de apoio e suporte para esses indivíduos. Com a finalidade de romper com o silêncio, campanhas de divulgações deve ser impostas para reduzir fatídicos casos de violência policial no âmbito social. Somente assim, poder-se-á construir mais pontes ao invés de muros, dando outra percepção ao pensamento de Isaac Newton.
COMBATE A VIOLÊNCIA POLICIAL NO SÉCULO XXI
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Abigail
Introdução: A segunda frase ficou bem longa, prefira usar períodos mais curtos para facilitar a leitura e evitar que as ideias fiquem confusas. Em “combate à violência” deve usar crase. “Entrave” é um substantivo masculino, então o correto seria: “esse entrave é marcado…”. Você fez um uso produtivo do repertório. Achei que a frase: “Assim, torna-se claro que esse panorama…” meio desnecessária, já que na frase seguinte você também aponta o Estado como agravante do problema. Evite repetir palavras: “sociedade”, use sinônimos. Foram apresentados os dois argumentos que serão desenvolvidos nos parágrafos seguintes, o que contribui para o projeto de texto.
Desenvolvimento 1: O tópico frasal apresentou a ideia que será abordada e o repertório sociocultural foi bem usado. Nesse caso: “atenção às pessoas” não se usa crase. Há um erro de concordância em “notá-las”, o certo seria “notá-lo”, já que o sujeito é o substantivo problema. Achei que o parágrafo ficou muito expositivo, para dar mais autoria ao texto procure expor mais sua opinião em relação à problemática.
Desenvolvimento 2: Em relação ao parágrafo anterior, nesse você já argumentou mais e o texto não ficou tão expositivo. O repertório foi bem utilizado. Para encerrar os desenvolvimentos, é aconselhável fazer um conclusão do que foi escrito.
Conclusão: Acho que você quis dizer: “a adoção de medidas capazes de combater a mazela descrita.”, e não “assegurar”. Como são dois ministérios diferentes, o correto seria: “Ministério da Educação e o da Justiça”. A primeira proposta de intervenção está bem completa e detalhada.
Nota: 900
Competência 1: 160
Competência 2: 200
Competência 3: 140
Competência 4: 200
Competência 5: 200