Iniciante

Cibercondria

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No Brasil, há cerca de 116 milhões de pessoas com acesso à internet, significando que a globalização se torna cada vez mais presente no cotidiano das famílias brasileiras. Entretanto, mesmo que o fácil acesso às informações seja visto como exclusivamente positivo, a cibercondria surge justamente do abuso de informações médicas retiradas da internet, que acaba por ventura acarretando obsessão e paranoia quanto ao próprio estado de saúde. Naturalmente, a cibercondria leva ao agravamento de outras doenças e a prática de automedicação.

Ainda que a hipocondria digital já se apresente como uma doença, tal condição escala novos problemas psicológicos. Curiosamente, estresse, ansiedade e crises de pânico normalmente estão interligadas, e as pesquisas feitas na internet tornam as pessoas que sofrem com a cibercondria mais suscetíveis a tais males, uma vez que grande parte de quem sofre não checa as fontes de sua pesquisa, não torna sua pesquisa aprofundada, e não recorrem a um especialista – o que muitas vezes acontecem por que o paciente tem convicção de que sabe do que se trata se o problema, fazendo até com que evite procurar ajuda profissional. Decerto, casos de hipocondria acarretam sérios problemas à saúde, impedindo uma vida saudável.

Paralelamente, aqueles que procuram diagnósticos por seu próprio mérito têm o hábito de se automedicar, uma atitude pouco circunspecta. Eventualmente, pessoas são acometidas por doenças de baixa periculosidade, o que leva a compra de remédios com o maior índice de vendas no mundo como antibióticos, antitérmicos e analgésicos, que massivamente não precisam de receitas médicas para obter-se. Em virtude da automedicação, problemas de saúde surgem, da mesma forma com que outros não chegam a ser devidamente tratados.

Em suma, torna-se nítido que medidas para que a hipocondria digital seja mitigada devem ser tomadas, tornando a tenaz quiproquó não mais existentes. Por conseguinte,  para minimização dos óbices recorrentes, urge que o Ministério da Saúde crie, por meio de verbas governamentais, campanhas publicitárias nos veículos de comunicação que incentive a procura de médicos e advirtam cidadões dos riscos para a saúde, sugerindo ao telespectador ter o hábito de ingerir remédios receitados e não utilizar a internet para serviços clínicos. Enfim, com responsabilidade, todos os 166 milhões de brasileiros que têm acesso à internet poderão consultar e utilizar de informações online para pesquisas de forma saudável.

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1 Correção

  1. Olá, primeiramente gostaria de parabenizar pois sua estrutura de redação é limpa e com poucos erros.
    O único erro que vejo é que você iniciou seu texto com um dado estatístico, porém não citou a fonte dessa informação.
    Sua redação teria nota alta, se de fato, já fosse o tema do Enem haha, perderia pontos na introdução.

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