Na série “Space and time”, produzida pelo National Geographic, cada episódio retrata, em forma de um curta-metragem, um aspecto caricato da vida cotidiana moderna. No seu último lançamento, ao longo da trama, a narrativa revela a loucura psicótica sob a qual sucumbe um típico pai de família no decorrer de um dia agitado e cheio de tarefas, ao final do qual o mesmo termina por pensar que é um robô, e não mais um ser humano. Fora da ficção, fica claro que a realidade apresentada no programa pode ser relacionada àquela do século XXI: o automatismo originado do turbilhão de informações gera um fenômeno que se caracteriza pela perda da identidade individual.
Em primeiro lugar, é importante destacar que a causa da automatização da sociedade contemporânea reside na alta velocidade de propagação de ideias, sentimentos e valores pelos meios de comunicação. Desde a 3º revolução industrial, iniciada na segunda metade do século XX, e da decorrente implantação do meio técnico-científico-informacional e consolidação do capitalismo financeiro, diversos pontos do globo passaram a ver os seus fluxos materiais e imateriais aumentarem de forma exponencial. Tal aceleração das atividades humanas em âmbito mundial, movidas pelo capital digital, impulsionou a instantaneidade dos acontecimentos pessoais.
Por conseguinte, o tecido social vigente é afetado por uma crise existencial da consciência da própria personalidade do indivíduo. Sócrates, filósofo da Grécia Antiga que criou a reflexão antropocêntrica nessa disciplina, disse uma vez: Conhece a ti mesmo. Paralelamente, percebe-se que nos dias hodiernos a noção do “eu” diluiu-se na rede cultural que liga as diferentes partes do mundo e, com isso, fazendo parte apenas de uma pequena minoria que vive “isolada” dos meios de comunicação, como os índios australianos. Portanto, esse fato mostra que parte da população do planeta é alienada do seu “eu”.
Dessarte, é mister que sejam tomadas providências para amenizar o quadro atual. Para conscientizar o povo a respeito dos riscos de uma vida baseada no automatismo, urge que o Ministério da Educação e da Cultura promova, por intermédio de alunos e professores de todas as partes do Brasil, campanhas publicitárias que apresentem dicas e instruções para uma vida saudável e psicologicamente equilibrada. Não só, o projeto deve conter uma parceria público-privada com empresas e estabelecimentos comerciais. Somente assim, será possível evitar a nossa robotização.
JOAOVITO3AVT
Ola,pelo o que eu li sobre sua redaçao esta otima com belas palavras exploradas ao redor do tema mais o que eu achei que deveria ter colocado foi outras palavras para comeca-la pois a frase de Carlos dummont de começo ficou faltando algo na introduçao mais tirando isso amei sua redaçao sei que nao sou tao expert em redaçao mais acho que e algo que eu mudaria .
Samara@$
Competência I: demonstrar domínio da norma culta da língua portuguesa > 200
Competência II: compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo > 200
Competência III: selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista > 160
Competência IV: demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação > 160
Competência V: elaborar proposta de solução para o problema abordado, mostrando respeito aos valores humanos e considerando a diversidade sociocultural > 200