Caminhos para superar o analfabetismo funcional no Brasil.

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No filme “A Menina que Roubava Livros” é apresentada uma jovem judia analfabeta com dificuldades severas à leitura e interpretação de números. Paralelo à obra cinematográfica, no cenário brasileiro contemporâneo, os estreitos caminhos para superar o analfabetismo funcional se mostram um obstáculo para o progresso social. Dessa forma, convém discorrer sobre os fatores que fomentam a problemática, como a elitização educacional e a alienação digital.

 

Em primeiro lugar, vale mencionar que as desigualdades socioeconômicas no acesso ao ensino escolar corrobora a gravidade da questão. Sob essa ótica, a Constituição de 1988 estabelece de maneira isonômica o direito à educação, entretanto, tal preceito legislativo não é efetivado completamente. Nesse sentido, o domínio das ferramentas educativas por grupos privilegiados codificam um panorama de desigualdade intelectual, pelo predomínio do capital sobre os meios de aprendizado que oferecem apoio escolar adequado aos indivíduos com realidade financeira estável. Por conseguinte, há o desamparo frequente de analfabetos pelas divergências econômicas.

 

Em segundo lugar, é importante destacar a incapacidade de raciocínio interpretativo no âmbito virtual como propulsora do problema. Nessa perspectiva, referente ao filme “Para Todos os Garotos que Já Amei”, em que uma jovem estudante tem suas fotos pessoais publicadas em rede e assimiladas negativamente pelo pensamento dos internautas, os usuários parcialmente letrados são manipulados por mecanismos visuais de edição e alteração dos elementos imagéticos que tem influência na formação de uma ideologia desejada pelo anunciante. Desse modo, há a coação digital sobre o posicionamento de cidadãos sem conhecimento de pesquisa e averiguação de dados.

 

Portanto, iniciativas são imprescindíveis para edificar novas vias que minimizem o conflito. Logo, compete ao Ministério da Educação promover projetos físicos e virtuais de alfabetização, por meio de parcerias com escolas e instituições educativas, que utilizem de dinâmicas de aprendizagem voltadas ao entretenimento e educação básica do público analfabeto funcional e total, com disponibilização de tutores e professores para acompanhamento residencial, a fim de contemplar as realidades individuais. Assim, contextos como o do filme “A Menina que Roubava Livros” serão evitados pela cooperação mútua entre sociedade e poder federal.

 

Obs: corrigir pelas competências do Enem, se possível! ❤️

 

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1 Correção

  1. Competência I: No segundo parágrafo houve um desvio por falta de concordância verbal em “[…]As desigualdades socioeconômicas.. CorroboraM”
    No último parágrafo ‘[…]Que utilizem DE dinâmicas..” quem utiliza, utiliza algo ou alguém. Essa preposição não entra nesse caso.

    Competência II: Foi falado sobre diversos aspectos segundo a proposta temática. Sendo assim, compreendeu-se plenamente a proposta temática.

    Competência III: houve citação literária e cinematográfica. Houve também alusão histórica devido à citação da Constituição de 1988. O repertório sociocultural está completo.

    Competência IV: senti um pouco a falta do uso de melhores conectivos textuais no início de cada parágrafo. A estrutura e fluidez textuais estão muito boas, mas seria bacana utilizar conectivos mais diversificados.

    Competência V: a proposta de intervenção apresenta tudo. “Compete ao ministério da Educação.. E cultura(quem vai fazer) promover projetos físicos e virtuais de alfabetização(O que vai fazer) por meio de parcerias com escolas e instituições educativas(como vai fazer)”. Está completa, mas senti um pouco a falta de especificação dos agentes interventores.

    I – 160
    II – 200
    III – 200
    IV – 160
    V – 160

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