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Caminhos para proteger a criança e adolescente no meio digital

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   No documentário da Netflix, “O dilema das redes”, é retratada a dinâmica tecnológica, em que as grandes empresas monitoram os dados e as ações dos seus usuários em tempo integral. Diante disso, constata-se que a atual realidade condiz com o que foi noticiado pela obra, uma vez que a proteção de crianças e de adolescentes na internet é impedida na contemporaneidade. Isso porque a negligência governamental e a despreocupação familiar englobam essa temática.

    Nesse sentido, pontua-se a participação do Estado no que diz respeito à desproteção de crianças e jovens no meio virtual. Sob essa ótica, ainda que a Constituição Federal de 1988 afirme que a segurança é um direito de todos os cidadãos, observa-se que essa prerrogativa não é garantida na prática. Tal fato ocorre em razão de que não há um pressionamento do poder público aos conglomerados para a rigidez de segurança aos internautas menores de idade. Nessa perspectiva, é notório que essas atitudes omissas só colaboram para o vazamento de dados , como o ocorrido em 2018 e noticiado pelo Portal R7, o qual as vítimas tiveram sua privacidade violada. Desse modo, os jovens continuarão sofrendo com o descaso tecnológico, provocado pelo desinteresse do órgão que deveria fornecer o bem-estar do corpo social.

   Outrossim, é mister destacar a questão familiar no que se refere à intensificação da problemática. Nesse viés, cita-se o conceito de “banalização do mal” proposto pela autora Hannah Arendt, em que o meio virtual – rotineiramente presente no cotidiano – passa a ser visto como inofensivo, munido apenas de qualidades e sem questionamentos reais. Posto isso, sem a supervisão da família, os jovens tornam-se ainda mais desprotegidos e, consequentemente, expostos a sites inapropriados, os quais possuem usuários mal intencionados. Assim, percebe-se que a família, ao se eximir de seu papel protetor, vulnerabiliza seus filhos e impede a desconstrução desse cenário desafiador. 

   Portanto, verifica-se a necessidade de proteger as crianças e adolescentes na internet. Destarte, cabe ao Poder Legislativo, responsável pela votação de projetos, aprovar a lei de regulação midiática, que obriga as mídias sociais a reforçarem a segurança de dados, por meio da votação da pauta na Câmara dos Deputados, com o fito de reformular o âmbito virtual brasileiro. Ademais, o Ministério da Educação deve promover reuniões com os responsáveis dos estudantes, por intermédio de uma parceria com as escolas, com a finalidade de conscientizar sobre a importância da supervisão digital. Feito isso, o ocorrido em “O dilema das redes” não se fará presente na conjuntura hodierna.

 

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2 Correções

  1. Segue a análise detalhada da sua redação de acordo com as competências do Enem:

    Competência 1: Demonstrar domínio da norma culta

    • Aspectos positivos: A redação apresenta um bom uso da norma culta e uma estrutura gramatical em geral correta. O vocabulário é formal e apropriado ao tema.
    • Pontos de melhoria: Há pequenas falhas, como o uso de “em razão de que” (que poderia ser apenas “porque”) e o excesso de vírgulas em algumas frases, como em “para o vazamento de dados , como o ocorrido em 2018”. Remover o espaço antes da vírgula e reformular algumas expressões pode tornar a leitura mais fluida.
    • Nota estimada: 180/200.

    Competência 2: Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para desenvolver o tema

    • Aspectos positivos: O texto compreende bem a proposta e apresenta referências pertinentes, como o documentário “O Dilema das Redes” e o conceito de “banalização do mal” de Hannah Arendt. Os argumentos estão bem conectados ao tema e demonstram boa reflexão sobre a proteção de crianças e adolescentes no meio digital.
    • Pontos de melhoria: Uma análise mais detalhada das consequências práticas da falta de proteção poderia fortalecer ainda mais a argumentação.
    • Nota estimada: 200/200.

    Competência 3: Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista

    • Aspectos positivos: A redação é bem organizada, com uma progressão lógica entre os parágrafos e argumentos claros. A citação de dados e de referências filosóficas contribui para a força da argumentação.
    • Pontos de melhoria: O trecho sobre o vazamento de dados em 2018 poderia ser aprofundado para oferecer mais clareza sobre o contexto, reforçando o argumento.
    • Nota estimada: 180/200.

    Competência 4: Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação

    • Aspectos positivos: A coesão do texto é bem construída, com conectivos adequados e variação de estruturas.
    • Pontos de melhoria: Algumas expressões poderiam ser simplificadas para tornar a leitura mais fluida, como “Nessa perspectiva, é notório que essas atitudes omissas” (poderia ser “Essa omissão”).
    • Nota estimada: 180/200.

    Competência 5: Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos

    • Aspectos positivos: A proposta é clara e bem detalhada, envolvendo tanto o Poder Legislativo quanto o Ministério da Educação, com objetivos específicos e ações bem fundamentadas.
    • Pontos de melhoria: A proposta de intervenção poderia incluir um plano mais detalhado sobre a fiscalização das plataformas digitais, explicando melhor quem seria responsável pela supervisão e execução.
    • Nota estimada: 180/200.

    Nota final estimada: 920/1000

    Sua redação é muito bem fundamentada e apresenta argumentos sólidos, com intervenções detalhadas e boas referências. Com alguns ajustes finos para aumentar a fluidez e clareza, o texto está bem próximo de uma pontuação muito alta.

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  2. Correções gramaticais e ortográficas: Alteração de algumas vírgulas, concordância nominal e adequação de preposições.

    Coesão e clareza: Melhoria de frases para uma leitura mais fluida, retirando expressões redundantes.

    Ampliação das competências exigidas pelo ENEM: Citação à Constituição Federal, referência clara ao documentário no início e finalização com uma proposta de intervenção mais objetiva e concreta, atendendo ao comando da Competência 5 (que avalia a proposta de solução).

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