Caminhos para promover a mulher na ciência

Na Grécia antiga a mulher era vista como a causadora do mal. Foi ela que através da sua curiosidade libertou todas as desgraças do mundo. Assim como na antiguidade, hoje as mulheres ainda carregam esse estigma e tem poucas oportunidades especialmente em áreas como a ciência, onde sua carreira depende de ser reconhecida por suas contribuições intelectuais ao seu campo.

Apesar do protagonismo da mulher ter sido renegado por centenas de anos, ela sempre esteve presente por trás de grandes descobertas. No Egito por exemplo, Hipátia de Alexandria desenvolveu pesquisas em astronomia, física e filosofia e mais tarde foi reconhecido como a primeira mulher matemática. Somada a ela, tem diversas outras que contribuíram com a humanidade através do estudo da ciência e tem pouca visibilidade como: Marie Curie que desenvolveu a radioatividade, Gertrude B. Elion que aprimorou medicamentos utilizados no tratamento de leucemia, AIDS e herpes entre outras. E que apesar das suas grandes descobertas tem pouco prestígio social.

É sabido que, a participação feminina não apenas no mercado acadêmico mas também no mercado de trabalho aumentou consideravelmente. Entretanto, a sociedade ainda não conseguiu se desprender das amarras da comunidade patriarcal. Isso se dá porque, ainda no século XXI, existe uma espécie de determinismo biológico em relação às mulheres. Contrariando a célebre frase de Simone de Beauvoir “Não se nasce mulher, torna-se mulher”, a sociedade, em grande parte, prega que o sexo feminino tem a função social de se submeter ao masculino, independentemente de seu convívio social, capaz de construir um ser como mulher livre. Dessa forma, superar a invisibilidade das mulheres é um desafio diário para todas.

Entende-se, diante do exposto, que superar essa invisibilidade requer o compromisso de toda a sociedade. Cabe aos Campanhas educativas para estimular as meninas a se tornarem cientistas e discutir o viés inconsciente em processos seletivos são exemplos de iniciativas em andamento no Brasil que são bem-vindas