Caminhos para melhorar o bem-estar financeiro do brasileiro

De acordo com o empreendedor Henry Ford, “Economia frequentemente não tem relação com o total de dinheiro gasto, mas com a sabedoria empregada ao gastá-lo”. Entretanto, o contexto do Brasil contraria-o, uma vez que o bem estar financeiro do brasileiro não é uma realidade, o que ocasiona em dificuldades relacionadas ao dinheiro na sociedade brasileira. Nesse sentido, é preciso que estratégias sejam aplicadas para alterar essa situação, que persiste influenciada pela falta de educação financeira nas escolas e o baixo número de pessoas investindo.

Em primeira análise, a inexistência de educação financeira em escolas, especialmente públicas, mostra-se como um dos desafios à resolução do problema. O filósofo Schopenhauer defendia que os limites do campo de visão de uma pessoa determinam seu entendimento em relação ao mundo. Isso justifica uma causa do problema: se as pessoas não possuem acesso à informação séria sobre finanças, sua visão será cerceada, o que dificulta na erradicação do problema.

Em consequência disso, surge a questão do baixo número de investidores, que intensifica o problema. Uma pesquisa da Capital Research mostra que 70% dos 2,5 mil entrevistados querem investir, especialmente na poupança, sendo esse o investimento com menor rendimento no país, e que ainda traz um grande risco de desvalorização do capital daqueles que selecionam esse como seu principal meio de capital financeiro investido.

É evidente, portanto, que tais entraves precisam ser solucionados. Para que isso ocorra, é necessário que o Ministério da Educação em parceria com o Ministério da Economia implementem a educação financeira, na Base Nacional Comum Curricular, como uma matéria obrigatória desde o ensino básico, e não como um ensinamento abordado apenas em aulas de matemática. Além disso, cursos gratuitos de ensinamento a cerca do mercado financeiro são necessários, junto com a criação de uma plataforma online em que realiza-se simulações de investimentos, permitindo a pessoa experimentar sem gastar dinheiro real, sendo somente um capital fictício para testes. A partir dessa ações, é possível promover uma melhora no que tange à questão financeira dos brasileiros.