Caminhos para enfrentar a violência sexual contra crianças no Brasil.

Segundo Nelson Mandela, “Devemos promover a coragem onde há medo, promover acordo onde há conflito e inspirar esperança onde há desespero”.  Esta linha de raciocínio não pode ser comparada a realidade do cenário brasileiro, em vista que a sociedade age de maneira negligente perante a violência sexual a criança e ao adolescente. Os fatores que contribuem para o aumento desta problemática, é a falta de educação sexual nas escolas e o isolamento social.

Deve-se pontuar de início, a falta de educação sexual nas escolas de tal modo que os vulneráveis são os mais afetados. Em uma pesquisa, realizada pelo Ministério da Saúde, constatou que os casos mais comuns de violência sexual acontece geralmente com crianças 1 a 5 anos. Este panorama é mais frequente por causa, da falta de educação sexual tanto na escola como em casa. Porquanto a maior parte dos abusos são praticados por parentes das vítimas, o que acaba colaborando para que a vítima seja induzida a tal ato, pois ela não irá ter consciência de que aquela ação feita por um familiar é errado. A psicóloga Mary Neide diz que, “A educação sexual não se restringe aí ensino da biologia e da fisiologia da sexualidade, ela ensina a pensar sobre todas as questões que envolvem o corpo e o relacionamento com as pessoas”. Com esta linha de raciocínio, faz-se necessária, a reformulação desta postura estatal.

Em segundo lugar, pode-se citar o isolamento social, que intensificou o aumento de casos de estupro. Segundo dados de pesquisas realizadas pelo Estatuto da criança e do adolescente, os abusos contra a criança, cresceram até 12 vezes mais no período de pandemia do vírus da Covid- 19. Uma vez que, o agressor passa maior tempo em casa, com que faz que seja mais difícil de a vítima pedir ajuda. A violência sexual na infância pode gerar problemas futuros como, depressão, ansiedade e distanciamento interpessoal. Destarte, tudo isso retarda a resolução deste empecilho já que a pandemia contribui para a perpetuação desse cenário.

Em vista disso, percebe-se como é difícil enfrentar casos de estupro contra crianças, no qual futuramente pode se aprofundar no distanciamento interpessoal. Para combater esses empecilhos, o governo federal deve atuar por meio do Ministério da educação que, a partir das escolas, produza palestras e debates sobre a educação sexual, com a finalidade de que ocorra diminuição nos casos de estupro as menores de idade. Ademais, o Estatuto da criança e do adolescente, a partir do Conselho Tutelar, deve providenciar visitas de psicólogos e especialistas nas casas localizadas em áreas de vulnerabilidade social, com o intuito de analisar o comportamento das crianças e detectar casos daquelas que sofrem abuso sexual e consequentemente a diminuição de crimes como o estupro na própria casa. A partir disso, o pensamento de Nelson Mandela não mais representará o comportamento negligenciado da sociedade diante da violência sexual.