Caminhos para combater o tabagismo na sociedade brasileira

No período colonial brasileiro, houve destaque para a produção das “Drogas do Sertão”, as quais foram importantes para a economia da atual colônia no período, na medida em que muitos começaram a apreender a prática do tabagismo — uso dependente do tabaco e derivados. Hodiernamente, tal conduta tornou-se bastante difundida na sociedade, o que corrobora um enorme problema para a saúde dos diversos usuários. Nesse sentido, cabe questionar acerca de dois aspectos fundamentais para a continuação desse costume, que é a negligência tanto da população quanto do Estado.

De início, é de suma importância destacar que a ignorância social frente aos efeitos do tabagismo é um grande desafio. Segundo o Hedonismo, movimento filosófico helenístico, existem prazeres momentâneos que levam à dores futuras, ou vice versa, sendo que essa situação se reflete no país, pois a maioria dos usuários do tabaco continuam com tal conduta e se fazem alienados em relação aos problemas deste mesmo, dentre os quais está o câncer de pulmão. Logo, esse cenário deixa em risco a vida de muitos brasileiros.

Além disso, a negligência do Estado no que tange à pouca ação a fim de deter essa prática torna-se um outro desafio. O filósofo contratualista Thomas Hobbes afirma que “o Estado é responsável pelo bem estar social”, logo, o que se encontra contraditório com a realidade brasileira, pois o governo pouco age para alertar a população sobre os riscos do tabagismo, o que seria benéfico para a prevenção de problemas de saúde. Como consequência, Dados do Ministério da Saúde mostram que de 2016 para 2017 houve um aumento de fumantes de 7,5% para 8,4%, em relação à faixa etária de 18 a 24 anos, o que urge para mudanças nesse panorama.

Portanto, torna-se indubitável que medidas devam ser feitas para que possa ser reduzido o tabagismo no Brasil. Para isso, o Ministério da Educação, o qual executa um papel importante na difusão de conhecimentos, pode incluir mais aulas que eduquem o repúdio ao tabaco, por intermédio de atividades que destaquem os riscos de tal produto, a fim de que, no futuro, esse mal social seja diminuto. Ademais, o Estado pode investir em campanhas publicitárias, os quais possam espalhar os efeitos dessa droga lícita, para que a população possa se tornar mais consciente e prazeres que tragam grandes dores possam ser mais questionados.