CAMINHOS PARA COMBATER O PRECONCEITO LINGUISTICO NO BRASIL

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Carolina Maria de Jesus, premiada escritora e poetisa brasileira, em seu livro “Quarto de Despejo: Diário de uma favelada” descreve seu dia a dia na favela do Canindé, em São Paulo, bem como, expõe as desigualdades sociais e a precariedade nas periferias. Marcado pela oralidade e linguagem coloquial, sua obra foi alvo de criticas e considerada inadequada por não empregar a linguagem formal considerada “padrão” brasileira. Diante disso, faz-se possível verificar a problemática do preconceito lingüístico no Brasil, provocada pela inércia governamental em promover leis que busquem extinguir a intolerância lingüística.

Em primeira análise, é necessário mencionar o período histórico de formação da população brasileira, em razão da mistura de diversos grupos étnicos, como povos indígenas, africanos, imigrantes europeus e asiáticos, e a grande extensão territorial do país, que contribuí ativamente para a diversificação cultural e o regionalismo lingüístico no português. Entretanto, apesar da pluralidade lingüística, persiste no corpo social a comparação inadequada entre o modelo de língua que se apresenta nas gramáticas normativas e os modos de falar reais das pessoas que convivem na sociedade.

Segundo dados do G1, 30% dos brasileiros alegam ter sofrido preconceito lingüístico por causa da classe social. Nessa ótica, é necessário salientar o descaso estatal em promover leis que criminalizem essa conduta, para reconhecer as diferentes maneiras de se falar um idioma.

Depreende-se, portanto, a adoção de medidas que busquem mitigar esse entrave. Desse modo, é fundamental que o Senado brasileiro promova leis que visem extinguir condutas preconceituosas. Além disso, cabe ao Ministério da Educação e Cultura, em conjunto com Governo Federal, incluir estratégias pedagógicas que eduquem crianças e adolescentes a respeito do preconceito lingüístico.

 

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4 Correções

  1. Comentário pessoal para a respectiva redação: O tema utilizado para ser decorrido é atual e necessário ser discutido. Seu método de dissertar é adequado aos direitos humanos e você é boa em tua escrita. Estarei corrigindo o texto conforme o modelo ENEM: Dissertativo-Argumentativo.

    * Introdução (1° Parágrafo): O texto inicia com um repertório sociocultural adequado conforme o tema. Aconselho que seria bom, mesmo que o repertório já se encaixe com a realidade brasileira, que você enfatize essa analogia, como escrevendo “No Brasil atual…” ou coisas relacionadas. No modelo ENEM, também, é solicitado que haja duas teses a serem tratadas, uma no segundo parágrafo e outra no terceiro, respectivamente. Em seu texto apenas identifiquei uma: a inércia governamental.

    * Desenvolvimentos (2° e 3° Parágrafo): Sua argumentação é ótima. Você deve sempre utilizar-se de um repertório para embasar a argumentação. Como se você estivesse colocando sal em uma comida, onde o sal é o repertório e a comida é sua redação. Também sempre aconselho você iniciar os desenvolvimentos com um tópico frasal, isto é, um pequeno resumo, de no máximo duas linhas, que resume o que você irá tratar no desenvolvimento, como se fosse uma frase de efeito. Também é necessário uma frase de efeito, mas no sentido de finalização, no final do parágrafo, para deixá-lo fechadinho bonitinho. O aconselhado seria você utilizar o repertório estatístico do 3° parágrafo no 2°, de forma mais resumida.

    * Conclusão (4° Parágrafo): Sua conclusão tem a proposta de apresentar uma solução, uma invenção, mas falha um pouco por não apresentar todos os elementos necessários, são eles Quem, O que, Como, Para quê e Fechamento. Sempre que estiver escrevendo sua conclusão, se questione: “quem resolverá o problema? o que o agente fará? como ele fará? para quê, qual a finalidade dessa solução?”. O fechamento é a mesma coisa do desenvolvimento, adicionar um “Gran Finale” ao seu texto.

    Como finalidade, lhe daria uma nota entre 500 e 600. Procure mais saber como realizar redações no modelo ENEM, ou no modelo de redação que sua faculdade dos sonhos exige do vestibulando. É isso, abraços.

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  2. Carolina Maria de Jesus, premiada escritora e poetisa brasileira, em seu livro “Quarto de Despejo: Diário de uma favelada”, descreve seu dia a dia na favela do Canindé, em São Paulo, bem como expõe as desigualdades sociais e a precariedade nas periferias. Marcada pela oralidade e linguagem coloquial, sua obra foi alvo de críticas e considerada inadequada por não empregar a linguagem formal considerada “padrão” brasileira. Diante disso, faz-se possível verificar a problemática do preconceito linguístico no Brasil, provocada pela inércia governamental em promover leis que busquem extinguir a intolerância linguística.

    Comentário: O texto está bem escrito e a introdução está clara. Sugiro apenas uma pequena alteração na frase “Diante disso, faz-se possível verificar…”, para “Diante disso, torna-se possível verificar…”, para tornar a frase mais fluída.

    Em primeira análise, é necessário mencionar o período histórico de formação da população brasileira, em razão da mistura de diversos grupos étnicos, como povos indígenas, africanos, imigrantes europeus e asiáticos, e a grande extensão territorial do país, que contribui ativamente para a diversificação cultural e o regionalismo linguístico no português. Entretanto, apesar da pluralidade linguística, persiste no corpo social a comparação inadequada entre o modelo de língua que se apresenta nas gramáticas normativas e os modos de falar reais das pessoas que convivem na sociedade.

    Comentário: A segunda parte está bem desenvolvida, mas sugiro substituir “gramáticas normativas” por “normas gramaticais”, para tornar a frase mais simples e direta.

    Segundo dados do G1, 30% dos brasileiros alegam ter sofrido preconceito linguístico por causa da classe social. Nessa ótica, é necessário salientar o descaso estatal em promover leis que criminalizem essa conduta, para reconhecer as diferentes maneiras de se falar um idioma.

    Comentário: Esta parte está correta, mas sugiro adicionar uma referência à fonte dos dados do G1 para dar mais credibilidade à informação.

    Depreende-se, portanto, a adoção de medidas que busquem mitigar esse entrave. Desse modo, é fundamental que o Senado brasileiro promova leis que visem extinguir condutas preconceituosas. Além disso, cabe ao Ministério da Educação e Cultura, em conjunto com o Governo Federal, incluir estratégias pedagógicas que eduquem crianças e adolescentes a respeito do preconceito linguístico.

    Comentário: Esta parte está bem articulada e apresenta soluções relevantes para o problema abordado.

    Espero que esses comentários ajudem a melhorar ainda mais o seu texto! S2

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  3. Marcado/ marcada pela oralidade e linguagem coloquial, sua obra… criticas/ críticas lingüística/linguística

    Boa redação, poucos erros de gramática, linguagem clara , porém, no terceiro parágrafo vc nao descreve a forma de preconceito sofrida pelos brasileiros, na minha opinião faltou definir melhor o que é preconceito linguístico também. Sou nova aqui. quero contribuir mais. Abraços.

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  4. No terceiro parágrafo, poderia ser adicionado um exemplo de legislação de outro país que tenha conseguido mitigar o preconceito linguístico, para enriquecer a argumentação.
    A conclusão pode ser fortalecida ao mencionar possíveis resultados positivos dessas medidas, como a valorização da diversidade cultural e linguística do Brasil.

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