Caminhos para combater o preconceito linguístico no Brasil

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  Segundo o filósofo Jürgen Habermas, o diálogo é a ferramenta para alcançar o consenso. Contudo, tal poder comunicativo encontra-se esgarçado no Brasil, tendo em vista que, com o preconceito linguístico, a linguagem hierarquiza a sociedade e segrega aqueles que não seguem seus preceitos normativos. Tal problemática deriva de falhas educacionais e da insuficiência legislativa, o que abre espaço para a marginalização de indivíduos que não tiveram educação formal ou que são migrantes de outras regiões brasileiras. Desse modo, faz-se necessário analisar os caminhos para revitalizar o papel mediador da linguagem.

  Em primeira análise, a valorização do uso da gramática normativa no âmbito escolar, em detrimento de outras formas de expressão, potencializa o preconceito linguístico. Isso ocorre porque as variantes linguísticas não são reconhecidas como fruto do cotidiano no qual se insere cada indivíduo. Assim, com a norma urbana de prestígio no meio acadêmico, a linguagem, como o sociólogo Emile Durkheim definia, caracteriza-se como Fato Social por desempenhar função coercitiva e marginalizar aqueles que não se adequam a ela. Portanto, infere-se a necessidade de reformas educacionais que visem reverter tal cenário.

Ademais, a ausência de leis que inibem o preconceito linguístico acaba por propiciar a persistência de abusos relacionados a essa situação. Na obra “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos, Percebe-se que Fabiano, por não dominar a norma padrão, está sujeito às arbitrariedades de um soldado do exército. Fora da ficção, também é perceptível a ocorrência de cenários similares. Dessa forma, faz-se vital a criação de leis que punam essa intolerância e exploração.

Portanto, a fim de restituir o papel inclusivo da linguagem, cabe ao Ministério da Educação promover, por meio de saraus nas escolas, a linguagem popular e o movimento literário marginal, de modo a minimizar preconceitos no âmbito educacional. Além disso, a assembleia legislativa deve promulgar leis que punam o preconceito linguístico. Deste modo, a comunicação verbal, enfim, será uma ferramenta de integração social assim como Habermas defendia.

 

extras:

1- vocês tem alguma técnica para escrever mais rápido, ou isso virá com a prática?

2- No que eu posso melhorar? No Enem sempre fico muito ansiosa e vem 840 😔 e por isso gostaria de saber no que estou errando para poder arrumar até o próximo.

Obrigada 😸

 

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1 Correção

  1. C1: 160 [no qual, ; “acaba por propiciar” troque por propicia]
    C2: 160 (não contextualizou corretamente o D1, apresentou o repertório, porém cometeu esse deslize)
    C3: 160 (que arbitrariedades são essas no D2, explique-as)
    C4: 200 (conectivos usados corretamente)
    C5: 160 (faltou o detalhamento da primeira medida interventiva, como é a mais completa, a avaliação será com base nela)
    Nota:840
    COMENTÁRIOS: invista numa melhor argumentação;
    -não esqueça dos 5 elementos da conclusão;
    -leia redações nota mil;
    -a sua gramática pode ser melhorada com a prática;
    -sempre lembre de conectar todas as partes do seu texto, sem deixar nada solto (isso tira pontos na C3);
    -contextualize sempre seus argumentos

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