Caminhos para combater o analfabetismo funcional no Brasil.

A Constituição Brasileira de 1988, documento jurídico mais importante do país, prevê em seu artigo 6°, o direito à educação como inerente a todo cidadão brasileiro. Conquanto, tal prerrogativa não tem se reverberado com ênfase na prática, quando se observa a presença do analfabetismo funcional no Brasil, dificultando, desse modo, a universalização de um direito social tão importante. Diante dessa perspectiva, faz-se imperiosa a análise dos elementos que favorecem esse quadro.

Em primeira instância, deve-se ressaltar a ineficiência de medidas governamentais para combater o analfabetismo funcional no Brasil.  Nesse sentido, uma parte dos alunos terminam o ensino médio sabendo ler mas, não conseguem entender do que se trata a leitura, consequência essa do insuficiente investimento governamental no setor da educação. Essa conjuntura, segundo os ideais do filósofo iluminista John Locke, configura-se como uma violação do contrato social, já que o Estado não cumpre com sua função de garantir que os cidadãos desfrutem de direitos indispensáveis, como a educação.

Ademais, é fundamental apontar o pensamento de uma parte dos pais, a respeito do ensino, como impulsionador do analfabetismo funcional no Brasil. Segundo o IBGE, instituição de renome no setor estatístico, cerca de 42 por cento dos jovens brasileiros não possuem o ensino médio concluído. Diante de tal exposto, fica evidente a mentalidade dos responsáveis pelos adolescentes, na qual se fundamenta na irrelevância dos estudos, na vida dos seus filhos, como consequência desse fato, os jovens acabam tornando-se analfabetos funcionais. Logo, é inadmissível que esse cenário continue a perdurar.

Depreende-se, portanto, a necessidade de se combater esses obstáculos. Para isso, é imprescindível que o Ministério da Educação, por intermédio das Secretarias de Ensino, de cada município brasileiro, elaborem uma lei que ocasione uma liberação de capital Estatal para o setor educacional, a fim de melhorar a qualidade das escolas de todo país. Paralelamente, é imperativo que as instituições de ensino, elaborem projetos pedagógicos, com o tema, a importância da educação, deverá ser ministrado aos responsáveis dos alunos, durante as Reuniões Pedagógicas, obtendo assim, a conscientização dos pais sobre a notoriedade do ensino. Assim, tornar-se-á possível a construção de uma sociedade permeada pela efetivação dos elementos da magna carta.