Caminhos para combater a violência urbana no Brasil

No livro “Capitães de Areia”, Jorge Amado retrata a história de diversos garotos pobres e abandonados por seus pais, moradores de um trapiche na cidade de Salvador, na Bahia que acabam praticando uma série de assaltos e furtos pela cidade a fim de sustentarem-se. O contexto repete-se atualmente, e diante dessa perspectiva, cabe avaliar os fatores que favorecem o desafio da violência urbana no Brasil.

Sem dúvidas, um dos fatores que favorecem o quadro violento atual, é a questão da globalização selvagem que vem assolando o mundo nas últimas décadas, exibindo de forma cruel a diferença gritante entre as classes sociais, dessa forma, indivíduos de classes mais baixas, com o objetivo de elevarem sua posição social, recorrem ao mundo do crime em busca de enriquecerem-se de forma rápida.

Faz-se mister salientar que todo cidadão tem direito a uma vida digna, conforme consta na Constituição Federal Brasileira, portanto, nenhum sujeito há de submeter-se a violência para garantir essa vida digna proposta, bem como ninguém deve sofrer devido à algozaria gerada pela busca de tal direito, porém, essa situação ocorre conforme a teoria apresentada no livro “Cidadão de Papel” de Gilberto Dimenstein, que afirma que o cidadão possui seus direitos, mas apenas no papel.

Infere-se portanto, que há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem à construção de um mundo melhor.Dessa forma, urge que o Ministério do Desenvolvimento Social mire investimentos pautados no avanço cultural e econômico de áreas mais carentes, criando locais de lazer, injetando dinheiro no comércio local para sua expansão e lutar contra o preconceito social junto ao Ministério da Educação, de modo em que essas zonas igualem-se as mais abastadas.