Caminhos para combater a violência infantil na sociedade brasileira.

De acordo com os dados da Agência Brasil, em 2018, o Brasil liderou o ranking de violência contra a criança e adolescente. Nesse contexto, percebe-se que existe um grande desafio para mudar esse cenário das agressões a criança.       Nesse sentido, é nítido a configuração de um grave contorno especifico, que emerge ainda mais do silenciamento e do receio de denunciar os agressores.
Primeiramente, há à questão do silenciamento, que influi decisivamente na consolidação do problema. Nessa perspectiva, Hobermans traz uma contribuição ao defender que a linguagem é uma verdadeira forma de ação. De acordo com essa lógica, para que o problema da violência a criança seja solucionado, faz-se necessário debater sobre. No entanto, a lacuna existente no que se refere à questão é um agravante, porquanto, é de urgência trazer à pauta o tema e debatê-lo amplamente para que haja atuação sobre tal.
Em segunda analise, o receio de denunciar apresenta-se como outro fator que influência na dificuldade da efetivação de proteger as crianças desses tipos de agressões: físicas, psicológicas, verbais. Sob essa visão, o imperativo categórico, de Kant, preconiza que o indivíduo deve agir apenas segundo a máxima que gostaria de ver transformada em lei universal. Por tanto, no que tange à questão para combater a violência infantil há uma lacuna no dever moral ao exercer a denúncia.
Portanto, faz-se necessário uma intervenção pontual no problema. Deve o Ministério da Justiça, em parceria com as mídias de grande porte divulgarem os canais de denúncia, tanto via telefone, quanto on-line, por meio de publicações nas redes sociais e transmissões ao vivo, explicando a importância de denunciar e de fazê-lo anonimamente. Nessas transmissões seria importante trazer voluntários que foram beneficiados pela pratica da denúncia a relatarem sua experiência, a fim de fazer com que mais pessoas venham perder o receio de denunciar caso de violência contra a criança e adolescentes.