Aprendiz

Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil (ENEM 2016)

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Segundo o escritor Oscar Wilde, a insatisfação é o primeiro passo para o progresso de uma nação. Consoante a isso, ressalta-se o desprazer com relação à intolerância religiosa no Brasil e a necessidade de encontrar caminhos para combatê-la, a fim de promover o avanço do país. Sob essa ótica, evidenciam-se como causas da problemática a herança ideológica presente na sociedade, bem como a precariedade educacional. 

Em primeira análise, o panorama contemporâneo persiste influenciado pela concepção preconceituosa enraizada na coletividade. De acordo com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, os fiéis que mais sofrem intolerância no país são os de religiões afro-brasileiras. Nesse contexto, tal fato se relaciona com o período de escravidão do povo africano no Brasil, o qual perpetuou a repressão e ofensa contra a fé desses indivíduos. Dessa forma, a visão intolerante persistente no corpo social constitui uma herança ideológica de épocas passadas e contribui para a discriminação no âmbito religioso. 

Ademais, o desrespeito às crenças ocorre em virtude da educação precária no país. De acordo com Nelson Mandela, líder na luta contra o apartheid, a educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo. Concordante a esse pensamento, a escola deveria criar pessoas que valorizem a diversidade e, assim, contribuam para a mudança do atual cenário intolerante, no entanto, isso não ocorre no ambiente brasileiro. Nesse contexto, o educandário não contribui para a desconstrução das raízes preconceituosas que ameaçam as gerações futuras, pois o ensino é precário no país e não discute a pluralidade de religiões. Sob essa ótica, o sistema educacional, na maior parte das vezes, apenas promove o debate do cristianismo, esquecendo-se das demais crenças. Desse modo, tal situação se constitui um entrave ao combate da discriminação contra o credo no Brasil. 

Portanto, é evidente que são necessárias medidas para reverter o quadro vigente. Para que isso ocorra, a instituição educativa deve promover o debate sobre a variedade de fés e difundir a importância do respeito religioso. Essa ação será feita por meio de palestras realizadas no ambiente educacional, tais eventos devem contar com a presença de especialistas no assunto e devotos vítimas de discriminação, para, assim, trazer educação sobre as diversas crenças e evitar que a herança preconceituosa crie raízes nas gerações que serão o futuro do país. Assim sendo, a insatisfação referente a intolerância religiosa constituirá uma ação rumo à evolução da pátria, como defende Oscar Wilde. 

 

Por favor, dê as notas de acordo com as competências do enem e critique a vontade :)

O segundo parágrafo ficou bem grande e acabei ultrapassando as 30 linhas, mas no papel fica do tamanho certo

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2 Correções

  1. C1= 200, apresenta domínio da forma padrão da língua.
    C2= 200, apresenta domínio do repertório sociocultural, abordando perfeitamente o texto.
    C3= 160, apresenta argumentos coerentes, porém há certa falta de coesão na introdução.
    C4= 200, apresenta domínio dos conectivos inter e intra parágrafos.
    C5= 200, apresenta proposta de intervenção completa respeitando os direitos humanos.
    Total: 960. Você escreve muito bem, parabéns!!

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  2. Então achei sua redação um máximo, mais tomaria cuidado com o segundo desenvolvimento. Ele deixa algumas ideias confusas e seria mais interessante usar dados que comprovasse a sua crítica ao governo.
    Não sou boa em corrigir com as competência, porém ao todo daria 960, com 180 na c2 e c3 o resto 200.

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