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CAMINHOS PARA COMBATER A INTOLERÂNCIA RELIGIOSA NO BRASIL

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Na obra “Utopia”, do célebre escritor inglês Thomas More, é retratada uma sociedade ideal, na qual o corpo social se padroniza pela ausência de conflitos. No entanto, observa-se, na realidade contemporânea, o oposto da coletividade sublime defendida pelo autor, uma vez que a intolerância religiosa, no Brasil, apresenta barreiras, as quais dificultam a concretização dos planos de More. Nesse contexto, verifica-se a configuração de um grave problema, que tem como causas a insuficiência das leis e a falta de empatia do público.

Nesse sentido, em primeiro plano, convém ressaltar que o descaso do Estado, principalmente na esfera legislativa, contribui para a permanência desse revés no país. Isso porque as leis que criminalizam a intolerância religiosa – como o Artigo 208 do Código Penal – não são efetivamente cumpridas, haja vista que, de acordo com a pesquisa realizada pelo IBGE, apenas 20% de mais de cinquenta mil pessoas que praticam esse crime são legalmente punidas. Em consequência disso, muitos indivíduos acabam, por vezes, sendo impedidos de exercer sua liberdade de crença religiosa por causa das violências físicas e psicológicas que muitos deles sofrem, o que agrava a problemática e fere o princípio da liberdade de crença, explícito na Magna Carta.

Ademais, outro fator é responsável pela manutenção da intolerância religiosa: o escasso exercício da empatia. Segundo o filósofo Immanuel Kant, o homem deve agir conforme o dever moralmente correto, levando em consideração a existência do outro. Entretanto, tal máxima não é plenamente executada no Brasil, visto que, muitas vezes, os praticantes de religiões afro-brasileiras – como o Candomblé- são alvos de preconceito e discriminação por, especialmente, evangélicos e católicos – consoante a Secretaria de Direitos Humanos. Para a confirmação desse fato, serve de exemplo o caso que ocorreu na cidade de Porto Velho, no qual um centro de Umbanda foi queimado e destruído por pessoas da comunidade evangélica. Assim, nota-se que esse desrespeito precisa ser desmotivado.

Portanto, o Poder Legislativo – a quem cabe a função de criar normas – deve elaborar um projeto de lei que aumente, de forma legal, tanto a fiscalização nos cultos religiosos, quanto a pena dos criminosos que praticam esse crime, por meio de uma reunião com o Congresso Nacional e com o Ministério da Justiça, a fim de efetivar as leis no país e promover a harmonia do povo tupiniquim. Tal ação pode, ainda, ser divulgada nos meios de comunicação – como a televisão e o rádio – para alcançar mais pessoas. Outrossim, cabe ao Ministério da Educação – órgão responsável pela educação pública- promover palestras educacionais em escolas e praças públicas, por intermédio de debates com professores de história, com o fito de conscientizar o povo brasileiro e dirimir o preconceito da população. Somente assim, a coletividade alcançará a Utopia de More.

ATRIBUAM NOTA, SE POSSÍVEL.

30 linhas na folha de redação.

 

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2 Correções

  1. Olá! Não sou expert em redação, mas conforme critérios do Enem, vejamos:
    Domínio da norma padrão da língua portuguesa. … Bom!
    Compreensão da proposta de redação. …Bom!
    Seleção e organização das informações. … Bom!
    Demonstração de conhecimento da língua necessária para argumentação do texto. … Bom!
    Elaboração de uma proposta de solução para os problemas abordados, respeitando os direitos humanos… Ruim. Sugere-se conhecer melhor nossa legislação, tanto os direitos, quanto os deveres. Desvios de finalidades dos entidades do Estado, além de contravenção penal ou administrativa, podem infringir o Artigo 8 da declaração universal dos direitos humanos: “Todo ser humano tem direito a receber dos tribunais nacionais competentes remédio efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela Constituição ou pela lei.”. Também é grave sugerir fiscalizar cultos religiosos, mas talvez as palavras tenham apenas sido apenas mal empregadas.

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  2. Olá
    -Comentários iniciais-
    Introdução
    “Na obra “Utopia”(1), do célebre escritor(2)inglês Thomas More, é retratada uma sociedade ideal, na qual o corpo social se padroniza pela ausência de conflitos. No entanto, observa-se, na realidade contemporânea, o oposto da coletividade sublime defendida pelo autor, uma vez que a intolerância religiosa, no Brasil, apresenta barreiras,(3)as quais dificultam a concretização dos planos de More(4). Nesse contexto, verifica-se a configuração de um grave problema, que tem como causas a insuficiência das leis e a falta de empatia do público.(5)”
    1- sugiro que retire as aspas
    2- ótimo adjetivo. Muito bem, já demonstra autoria logo na introdução.
    3- retire a vírgula
    4- ótima estratégia de retomada do repertório
    5- aqui, a palavra ” público” não caiu muito bem, substitua por pessoas, sociedade, meio social, população, etc.
    Sua introdução está completa e, simplesmente perfeita: apresenta repertório sociocultural legitimado pertinente ao tema e produtivo, problematização e tese explícita. Ótimo
    Outros pontos fortes que, com certeza, você deve continuar a utiliza-los em outras redações Enem:
    Adjetivos;
    Retomada do repertório na problematização;
    Repertório sociocultural que serve para outros temas;
    Causas que também servem para outros temas;
    Modelo pronto de tese.

    Desenvolvimento 1
    “Nesse sentido, em primeiro plano, convém ressaltar que o descaso do Estado, principalmente na esfera legislativa, contribui para a permanência desse revés no país. Isso porque as leis que criminalizam a intolerância religiosa – como o Artigo 208 do Código Penal – não são efetivamente cumpridas, haja vista que, de acordo com a pesquisa realizada pelo IBGE, apenas 20% de mais de cinquenta mil pessoas que praticam esse crime são legalmente punidas. Em consequência disso, muitos indivíduos acabam, por vezes, sendo impedidos de exercer sua liberdade de crença religiosa por causa das violências físicas e psicológicas que muitos deles sofrem, o que agrava a problemática e fere o princípio da liberdade de crença,(1)explícito na Magna Carta(2).”
    1- retire a vírgula
    2- faltou retomar os dados do IBGE ( mas não se preocupe com isso porque, no Enem, apenas um repertório totalmente produtivo é o suficiente para atingir a nota máxima na competência 2)
    Seu desenvolvimento 1 é digno de aplausos pois está completo:
    Apresenta tópico frasal;
    Repertório sociocultural legitimado, pertinente ao tema e produtivo( parcialmente);
    Marca de autoria;
    Explicação do argumento.

    Desenvolvimento 2
    “Ademais, outro fator é responsável pela manutenção (1)da intolerância religiosa: o escasso exercício da empatia. Segundo o filósofo Immanuel Kant, o homem deve agir conforme o dever moralmente correto, levando em consideração a existência do outro. Entretanto, tal máxima não é plenamente executada no Brasil, visto que, muitas vezes, os praticantes de religiões afro-brasileiras – como o Candomblé- são alvos de preconceito e discriminação por, especialmente, evangélicos e católicos – consoante a Secretaria de Direitos Humanos. Para a confirmação desse fato, serve de exemplo o caso que ocorreu na cidade de Porto Velho, no qual um centro de Umbanda foi queimado e destruído por pessoas da comunidade evangélica(2). Assim, nota-se que esse desrespeito precisa ser desmotivado.”
    1- substitua “manutenção” por “persistência” ou “continuidade” para deixar mais claro de que esse tema é um problema
    2- repertório desnecessário
    O seu D2 apresenta dois repertório socioculturais entretanto, nenhum dos dois é realmente produtivo. Aqui, vale atentar-se para a seleção de ideias no projeto de texto antes de passá-las para a redação propriamente dita. Além disso, provavelmente por esse equívoco, você esqueceu de colocar a marca de autoria nesse parágrafo.
    Pontos fortes:
    Você utiliza bons repertórios;
    Explica como essa causa se dá no problema.

    Conclusão na redação
    Faltou o ” tópico frasal” da conclusão. Tipo isso: Potanto, faz-se com urgência, intervir nesse problema.”
    Proposta de intervenção
    Agente ok
    Ação ok
    Meio / modo ok
    Detalhamento ok
    Finalidade ok
    ” promover a harmonia do povo tupiniquim. ” “Povo tupiniquim” você não falou de índios ao longo de sua redação. Se estiver se referindo aos habitantes do Brasil, prefira um desses termos: sociedade brasileira, população brasileira, cidadão brasileiros, pessoas,etc.

    Notas
    C1- 200
    C2- 200
    C3- 160
    C4- 200
    C5- 200
    Exceto por uns poucos erros gramaticais, sua maior dificuldade está na seleção de ideias para a composição da argumentação ( em específico o D2)
    Total final: 960

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