No século XV com a vinda dos portugueses ao Brasil, juntamente com os escravizados, instalou-se um período de violências e ausência de direitos aos cativos, entre estes, destaca-se a proibição de manifestação religiosa nas religiões de matriz africana. Embora a sociedade brasileira atual apresente contornos específicos, é possível, ainda, visualizar o legado deixado presente na questão da intolerância religiosa. Por essa perspectiva, percebe-se a configuração de um grave problema em virtude da falta de conhecimento e dos estereótipos criados.
Convém ressaltar, a princípio, que o desconhecimento acerca das diferentes manifestações religiosas é um fator determinante para a persistência da intransigência religiosa. Segundo o filósofo Immanuel Kant, “o homem é aquilo que a educação faz dele”. Nesse aspecto, a educação tem papel crucial para a reversão desse quadro, uma vez que com ela será possível gerar informação a respeito das crenças, causando impacto positivo na sociedade, pois com ela novas perspectivas serão proporcionadas. Desse modo, quanto mais desinformação, mais preconceito haverá, gerando casos de violência verbal e física, o que denota a necessidade de reversão atual da situação.
Outrossim, ressalte-se que os estereótipos existentes também são entraves no que tange a questão da problemática. Em consonância com o filósofo alemão Schopenhauer, “os limites do campo de visão de uma pessoa determina seu entendimento sobre o mundo”. Por essa ótica, têm-se que a visão limitada sobre determinado assunto pode tornar-se um estereótipo ou um preconceito. Além disso, faz-se necessário entender o significado de liberdade de expressão, porque a confusão desse conceito pode ocasionar na famosa “violência disfarçada de opinião”, onde ofensas ou xingamentos são proferidos em razão de um conceito ultrapassado e inflexível. Logo, pode-se compreender que é substancial a mudança desse quadro negativo.
Torna-se evidente, portanto, que os caminhos para o combate à intolerância religiosa apresenta entraves que necessitam ser resolvidos. Para que isso ocorra o Ministério da Educação (MEC) juntamente com a mídia devem agir criando propagandas de cunho informativo e educativo que serão transmitidas na televisão e em redes sociais, promovendo maior conhecimento para grande parcela da população. Além disso, é necessário que as propagandas tenham linguagem facilitada para que pessoas leigas também tenham acesso. Dessa forma, será possível reverter essa situação que causa tantos problemas na sociedade.
ralffaferraz
Olá, em primeiro lugar quero te parabenizar pela sua redação, de fato é exemplar, mas acredito que para chegar no mil ainda faltam alguns ajustes. Seguem abaixo as minhas constribuições:
Primeiro parágrafo, linha três: “… manifestação religiosa nas religiões de matriz africana.” Cuidado com o uso de subtanstivo repetitivo.
Segundo parágrafo, citação. Eu recomendo utilizar citações mais originais, essa frase de Kant chega a ser repetitiva nos vestibulares e Enem. Surpreenda seu corretor, ler a mesma coisa várias vezes gera tédio. Pesquise a respeito de Diderot, ele foi um dos criadores da enciclopédia, um iluminista ousado e genial que também dissertou sobre educação.
Segundo parágrafo também percebi que “pois com ela novas perspectivas serão proporcionadas” ocupou linha e não agregou no seu texto. No próximo texto procure ser mais ousado com a estrutura das orações, fuja do óbvio. O escritor Samer Agi diz que a ousadia vestida de prudência é uma benção, ouse ser diferente. Leia as redações nota mil de 2020, todas possuem um diferencial, qual é o seu ? Em termos de nota tendo como base as 5 competências eu daria 880.
Aguardo a sua próxima redação para ter o prazer de avaliar como 1000. Obrigada!
Rayane454
UAU!! Meus parabéns, você escreve muito bem.
Repertórios socioculturais bem escolhidos;
Domínio da língua culta;
Ótima argumentação;
A única coisa que eu acrescentaria é uma segunda proposta de intervenção, algo que concretize as ações propostas nas propagandas que você colocou (ótimas, por sinal).