Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil

1.      Embora o código penal assegure a punição aos crimes contra o sentimento religioso, percebe-se que, na atual realidade brasileira, não há cumprimento dessa garganta, principalmente no que se diz respeito a religião africana. Isso acontece duvido a construção histórica que direcionou maus olhares a cultura específica afro-brasileira, e a condição de que a bancada religiosa cristã ainda interfere na política.

   É relevante abordar, primeiramente, que durante o período de colonização, os indígenas eram proibidos de praticarem sua própria religião, o mesmo ocorre com os Africanos escravizados. Essa dinâmica não é diferente nos dias atuais, já que com base em dados da “folha” 75% de vítimas que relataram discriminação foram provenientes de religiões afro-descendentes.

    Paralelo a isso, vale também ressaltar que tais religiões sobreviveram por séculos apenas pelo fato de que houve uma reprodução das crenças autoritárias, como disserta Gilberto Freyre em “Casa grande senzala”, o mesmo explica como a sociedade, especialmente grupos marginalizados precisaram se encaixar em tudo que vinha da elite.

     Dessa forma pode-se perceber que o debate acerca da realidade de religiões africanas é imprescindível para a construção de uma sociedade mais igualitária. Nessa lógica é imperative que a justiça aplique suas leis ou aumente a penalidade das mesmas com a finalidade de desmotivar qualquer ato discriminatório. Além disso, cabe as instituições de ensino aplicar o ensino religioso de forma que acabe com qualquer supertição acerca de religiões variadas.