Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil

A declaração Universal dos Direitos Humanos e a Constituição de 1988 asseguram o direito a liberdade de crença. Apesar delas garantirem  a laicidade do Estado e a desrespeito a religião alheia como crime, no país a interferência cristã na politica e crimes contra religiões persistem.Por isso, cabe novas alternativas para combater a intolerância religiosa no Brasil.

Em primeiro lugar, devemos considerar que a política brasileira é um reflexo da sociedade, com isso mostra-se que a laicidade e tolerância não é praticada aqui. Um exemplo desta situação é a bancada evangélica, que a cada eleição vem aumentando, e defendendo interesses próprios, e assim, excluindo outras religiões. Quanto mais uma religião comandar as políticas publicas do país, maior será a desigualdade e a diferença de tratamento entre religiões.

Em segundo lugar, a intolerância religiosa é algo construído e está nas raízes da sociedade brasileira. Desde quando os portugueses chegaram na América, há um etnocentrismo e imposição do cristianismo aos povos nativos e africanos. Logo, a sociedade foi criada dessa forma e a diferença de tratamento foi aumentando cada vez mais com o passar dos anos, chegando a ter na Constituição de 1824 a declaração do Brasil como um país católico. Enfim, todas essas imposições contribuíram, para o problemas da falta de tolerância no Brasil.

Destarte, é mister mitigar esse problema. Cabe ao Ministério da Educação fomentar campanhas e eventos nas escolas mostrando a pluralidade religiosa no país e defendendo valores com respeito, tolerância e liberdade, a fim de criar adultos mais conscientes.Ademais, o Poder Legislativo e a Mídia devem divulgar as leis e códigos penais sobre a intolerância religiosa, de forma simples e direta mostrando a população as consequências desse crime. Enfim, com essas medidas teremos uma sociedade menos intolerante e com maior liberdade religiosa.