No conto “O sonho de um homem ridículo” de Dostoiévski, o narrador sonha com uma sociedade perfeita, marcada pela ausência de problemas sociais.Fora da ficção,o Brasil destoa do enredo supracitado uma vez que a evasão escolar é um estorvo a ser superado. Dessa forma,medidas são necessárias para atenuar esse impasse,que tem como causas a escassez de políticas públicas que valorizem a educação e também a exposição de jovens à vulnerabilidade social.
Em primeiro plano,evidencia-se o desserviço estatal como uma causa da evasão escolar no Brasil, visto que a ausência de transporte para chegar às escolas é um agravante do problema.Nesse contexto, o conceito de “Instituições Zumbis”,criado pelo filósofo Zygmunt Bauman, diz respeito ao fato de que algumas instituições, como o Estado, estão perdendo sua função social.Sob esse viés,tal teoria é constatada no contexto hodierno,uma vez que, o poder público possui estratégias ineficazes para combater a evasão escolar,o que acarreta um aumento no número de jovens que não concluiu sequer o ensino fundamental.
Outrossim, a situação de vulnerabilidade de muitas famílias, também é um impasse para diminuir a evasão escolar.Nessa perspectiva, a frase de Martin Luther King “a injustiça num lugar qualquer é uma ameaça à justiça em todo lugar” cabe perfeitamente, visto que muitos jovens são injustiçados por não poderem frequentar a escola devido à entrada precoce no mercado de trabalho para auxiliar nas questões financeiras da família. Haja vista, o direito de frequentar a escola, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é ferido. Desse modo, tem-se como consequência a generalização da injustiça e a prevalência do sentimento de insegurança coletiva no que tange à educação.
Portanto, faz-se necessário ações para conter a evasão escolar no Brasil. Para tanto, cabe ao Governo Federal, cuja função é manter a harmonia social,por meio do Conselho Nacional de Educação(CNE) ,criar um auxílio estudantil para alunos de instituições públicas, a fim de contribuir para a permanência dos mesmos.Logo, os alunos receberão um incentivo para permanecer estudando.Além disso, também se faz relevante campanhas na mídia que enfatizem a importância da educação.Assim, uma iniciativa será tomada para o alcance de uma sociedade perfeita como almeja o narrador do conto de Dostoiévski.
PedroOmar
Olá, vou corrigir sua redação com base nas competências do Enem.
Na introdução, você trouxe um repertório pertinente ao tema mostrando sua autoria, relacionou com o tema e trouxe o apontamento dos argumentos 1 e 2, bem construída.
No D1, você desenvolveu bem mas podia argumentar mais sobre o contexto hodierno, falar mais sobre a realidade no Brasil. Senti falta de um encerramento crítico também, vc usou no D2, mas nao no D1.
No D2, você argumentou bem, mas as ideias ficaram um pouco desorganizadas já que você não diferenciou o repertório da argumentação, mas numa visão geral foi bem construída.
Na conclusão, a proposta foi bem construída, obedece aos direitos humanos e utiliza os 5 elementos necessários, bem como o encerramento retomando a introdução .
C1=200
C2=160
C3=160
C4=160
C5=200
Nota:880
BONS ESTUDOS!
FRANCISCOFONTENELLE
Olá, não sou especialista em correção de redação, mas deixo aqui minha colaboração. Pode ser que te ajude em alguma observação, quando tu ler de novo o teu texto. Vamos lá!
1 – Muito bem. Fez a contextualização, arranjou a tese e deixou implícito o projeto de texto (D1 e D2). Além disso, usou repertório pertinente ao tema, e deu coesão aos períodos com o uso de conectivos, fazendo ter sentido a abertura da dissertação;
2 – SEGUNDO PARÁGRAFO – Inicia com uma boa estratégia coesiva (“Em primeiro plano,”), retoma ao projeto de texto, explicitando o D1 para argumentar. Todavia, deveria ter ligado a ausência de transporte público como um exemplo da “escassez de políticas públicas” apontada do Projeto de texto. Isso daria coerência objetiva às construções argumentativas do D1 explicitada no “spoiller” de texto. Ademais, o terceiro período do segundo parágrafo é longo demais. Tente ser mais sucinto ao escrever;
3 – TERCEIRO PARÁGRAFO – Inicia com uma boa estratégia coesiva (“Outrossim,”) para retomar ao projeto de texto, explicitando o D2 para argumentar. Muito bem explorado o D2 – vulnerabilidade de muitas famílias – com o uso do repertorio social, apesar de extenso o segundo período do D2. Tente melhorar a conexão do segundo período com o terceiro no D2 para dar a ele a coerência exata. Enfim, a sua marca de autoria foi forte ao “colocar o dedo na ferida”, ao dizer “…como consequência a generalização da injustiça e a prevalência do sentimento de insegurança coletiva no que tange à educação”;
4 – QUARTO PARÁGRAFO – Inicia com uma boa estratégia coesiva (“Portanto,”) para concluir o texto. Todavia, como apontou na introdução (I) “escassez de políticas públicas que valorizem a educação” e (II) “a exposição de jovens à vulnerabilidade social”, deveria ter apontado um projeto de intervenção para cada um dos problemas, apesar de na intervenção haver dois projetos interventivos: (1) – criação de auxílio estudantil para alunos de instituições públicas (explorar com mais produtividade – que tipo de auxílio?) e “campanhas que enfatizem a importância da educação”. (até que ponto essa intervenção vai mitigar a “a exposição de jovens à vulnerabilidade social”?)
Bons estudos. Não deixe de exercitar a sua escrita.