Caminhos para combater as altas taxas de feminicídio no Brasil

No documentário “O silêncio das inocentes”, Iqque Gazzola narra a história de mulheres vítimas de violência doméstica que, posteriormente, viram casos de feminicídio. Fora da ficção, porém, esse caráter reflexivo encontra desafios não distantes do quadro contemporâneo. Isso se deve às relações abusivas e ideologias hereditárias que contribuem para ratificar a opressão do gênero feminino. Assim, é vital compreender as causas e consequências da problemática a fim de combater as altas taxas de feminicídio no Brasil.

Em primeiro lugar, cabe destacar que os casos desse crime hediondo têm alcance mundial, atingindo diversos países, inclusive o Brasil. A esse respeito, pesquisas realizadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que o país se encontra na quinta posição do ranking mundial com maior número de feminicídios. Evidentemente, tais dados alarmantes são provenientes da violência doméstica e familiar, em que a mulher adota um comportamento que pode fazer com que o homem se sinta desafiado, fazendo-o utilizar, principalmente, de armas brancas como facas, canivetes ou até mesmo os próprios punhos para agredir a parceira e impor superioridade.

Ademais, a persistência desse óbice, pode partir de influências no comportamento do homem, que o faz adotar um caráter precipitado. Acerca dessa premissa, o filósofo “Rousseau” aponta que o indivíduo está sujeito a adquirir novas posturas e atitudes em função do meio em que vive. De maneira análoga, um cidadão que cresce acreditando que a mulher é inferior ao seu gênero, coloca em mente a ideia de que tem posse sobre ela. Logo, percebe-se o pensamento de que, se nada for feito, as estatísticas e números de casos desse ato ilegal continuarão em ascensão.

Portanto, com o intuito de amenizar as condições presentes, faz-se necessário que o Ministério da Justiça juntamente com o Poder Legislativo reformulem as leis do feminicídio e Maria da Penha, por meio de maiores fiscalizações. Assim, garantindo o cumprimento das leis. Dessa forma, futuras gerações se manterão conscientes e advertidos, evitando acontecimentos similares ao visto na ficção de Iqque Gazzola e acima de tudo combatendo a opressão sobre o gênero feminino.