CAMINHOS PARA A REDUÇÃO DO USO INDISCRIMINADO DE AGROTÓXICOS NO BRASIL

Segundo o filósofo grego, Platão, “O importante não é viver, mas viver bem”. Neste viés, o uso indiscriminado de agrotóxicos no meio ambiente contrapõe o pensamento filosófico, uma vez que compromete a saúde dos produtores e consumidores agrícolas. Dessa forma, há dois fatores que devem ser combatidos para que haja a redução desses produtos no Brasil: a falta de fiscalização, assim como o desejo constante de alcançar o lucro da plantação.

 Em princípio, fiscalizar não deve estar somente associado ao uso de inseticidas ou produtos tóxicos nas plantas, é necessário também a fiscalização no corpo dos produtores rurais. De acordo com a UNICAMP, 1,5 milhão de trabalhadores são intoxicados no campo, logo, a saúde é prejudicada por desconhecerem informações sobre a utilização do produto ou pela falta de treinamento fiscal do uso de “EPIs”, por exemplo. Dessa maneira, surge o conceito de alienação, proposto por Karl Marx, em que os trabalhadores tornam-se alheios aos malefícios causados.

  Ademais, o uso de tais produtos no campo, também é associado ao lucro. Isso porque, os produtores visam a alta colheita, com esse objetivo de infligir o máximo de fertilizantes para que haja a germinação e consequentemente uma produção acelerada, embora sabendo que vai prejudicar a saúde e o meio ambiente. Neste contexto, fica evidente, o pensamento da corrente capitalista que defende uma operação somente com fins lucrativos, e nesse caso acima das relações humanas e ambientais.

  Portanto, faz-se necessária a atuação de entidades que trabalham na redução do uso de agrotóxicos no Brasil. Desse modo, o Ministério do Meio Ambiente, deve intensificar as fiscalizações em produções maiores que 1 hectare, – através das visitas técnicas, e caso houvesse o uso indiscriminado na plantação, o produtor seria enviado para cursos gratuitos na cidade em que receberá orientações sobre a produção orgânica e o uso de equipamentos individuais de proteção -, a fim de minimizar o danos à saúde e ao meio ambiente. Assim, a população brasileira alcançará a máxima platônica.