Caminhos para a efetiva inclusão digital no Brasil

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De acordo com o artigo 5º da Constituição Federal Brasileira de 1988, todo cidadão brasileiro possui o direito de comunicação assegurado. No entanto, tal prerrogativa não tem se reverberado com ênfase na prática, quando se observa a dificuldade na inclusão digital no Brasil, obstando, deste modo, a universalização desse direito. Diante dessa perspectiva, faz-se impreterível a análise dos fatores que proporciona esse quadro.

Em uma primeira análise, ressalta-se a exiguidade de diligências governamentais para combater a expansão do acesso ao meio digital para todos os cidadãos. Nesse sentido, os recursos digitais que, no mundo atual, proporcionam além da facilidade de comunicação, contato com distintas ideologias e proximidade com áreas de conhecimentos que fogem das esferas de aprendizagem e informações corriqueiras, se torna indeferido para aqueles que, historicamente, foram marginalizados ou não possuíram as mesmas condições de acesso à bens materiais e tecnológicos. Esse cenário, segundo as ideias do filósofo contratualista John Locke, exprime-se como uma violação do “Contrato Social”, já que o Estado não cumpre com o seu papel de garantir que todos os cidadãos desfrutem de garantias substanciais, como o direito à igualdade, o que é notório no país.

Ademais, a garantia do direito citado anteriormente, previsto na Constituição, que concede o direito a comunicação para todos não é, de fato, desenvolvido no país. De acordo com o escritor Gilberto Dimenstein, na obra “O Cidadão de Papel”, nem sempre as leis presentes nos documentos oficiais nacionais são cumpridas, desencadeando uma realidade em que os indivíduos são reconhecidos e amparados pelo Estado apenas no papel. Esse cenário é presente no Brasil, pois, uma grande parcela da população, sobretudo a mais pobre, são desprovidos de direitos básicos como saneamento básico, educação, energia elétrica e, por resultância, também não possuem recursos tecnológicos. Dessa maneira, apenas parte dos cidadãos estão inclusos no meio digital, ocasionando uma centralização de informação.

Entende-se, portanto, a necessidade de se combater esses obstáculos. Para isso, é imprescindível que o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, por intermédio de redirecionamento de recursos, amplie e crie programas de inclusão digital, oferecendo cursos de aprendizagens computacionais básicas, sobretudo em escolas e centros urbanos menos favorecidos, a fim de democratizar o acesso à informação e bens eletrônicos. Assim, com a efetiva inclusão digital, a garantia do artigo 5º será efetivada no país.

 

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5 Correções

  1. Olá, notei que você tem conhecimento da estrutura de uma redação dissertativa argumentativa.

    Sobre sua introdução, gostei muito do fato de ter logo no início um referencial sobre a constituição o que mostra que você tem conhecimento do que vai desenvolver durante o texto, sua tese está bem clara e objetiva. Enfim, ao meu ver está tudo ok.

    OBS: Diante dessa perspectiva, faz-se impreterível a análise dos “fatores” que “proporciona” esse quadro. ( se você colocou” fatores” no plural o verbo correto seria “proporcionam”, atente-se na concordancia verbal)

    No seu primeiro desenvolvimento está bem elaborado e bem escrito, trouxe um argumento de autoridade ao se tratar de um filósofo e problematizou bem o contexto que o país se encontra. Porém acho que poderia dar uma resumida para não ficar tão longo. Por exemplo:
    “Em uma primeira análise” não precisa colocar “uma” só “Em primeira análise” ja fica claro e objetivo a frase.

    “ressalta-se a exiguidade de diligências governamentais para combater a expansão do acesso ao meio digital para todos os cidadãos.” A palavra combater que você usou nessa frase fez parecer que o governo deve o combater a expanção digital nacional e não amplia-la a todos. Ao invés de usar combater não seria melhor colocar “promover”?

    “Nesse sentido, os recursos digitais que, no mundo atual, proporcionam além da facilidade de comunicação, contato com distintas ideologias e proximidade com áreas de conhecimentos que fogem das esferas de aprendizagem e informações corriqueiras, se torna indeferido para aqueles que, historicamente, foram marginalizados ou não possuíram as mesmas condições de acesso à bens materiais e tecnológicos.”

    Essa frase ficou muito longa, o que faz com que seja muito explicativa e tire o foco da sua opnião sobre o assunto, então poderia encurta-la deixando-a mais fácil o entendimento para quem está lendo

    Dando uma pequena resumida ficaria mais ou menos assim:
    Em primeira análise, ressalta-se a exiguidade de diligências governamentais para promover a expansão do acesso tecnológico para todos os cidadãos. Nesse sentido, os recursos digitais que, no mundo atual, proporcionam, facilidade de comunicação, contato com distintas ideologias e proximidade com amplias áreas de conhecimentos, se torna indeferido para aqueles que, historicamente, foram marginalizados ou não possuíram as mesmas condições de acesso à bens materiais e tecnológicos. Esse cenário, segundo as ideias do filósofo contratualista John Locke, exprime-se como uma violação do “Contrato Social”, já que o Estado não cumpre com o seu papel de garantir que todos os cidadãos desfrutem de garantias substanciais, como o direito à igualdade, o que é notório no país.

    Seu segundo desenvolvimento contém o mesmo problema do segundo, está muito longo e pode ser reduzido.

    “Esse cenário é presente no Brasil, pois, uma grande parcela da população”, evite colocar termo como “uma”, “algumas” e etc, pois estes termos são muito amplos e na redação é necessario objetividade. então tira o “uma” e deixe coloque apenas “Esse cenário é presente no Brasil, pois, grande parcela da população…”

    “sobretudo a mais pobre, são desprovidos de direitos básicos como saneamento básico, educação, energia elétrica e, por resultância, também não possuem recursos tecnológicos.”
    Nessa parte não precisa citar os direitos básicos, pois é algo que já amplia tudo isso que citou. Então quando você cita muitas coisas você perde linhas que poderiam ser usadas na conclusão.

    Ex:
    Ademais, a garantia do direito citado anteriormente, previsto na Constituição, que concede a comunicação para todos não é, de fato, desenvolvido no país. De acordo com o escritor Gilberto Dimenstein, na obra “O Cidadão de Papel”, nem sempre as leis presentes nos documentos oficiais nacionais são cumpridas, desencadeando uma realidade em que os indivíduos são reconhecidos e amparados pelo Estado apenas no papel. Esse cenário é presente no Brasil, pois, grande parcela da população, sobretudo a mais pobre, são desprovidos de direitos básicos e, por resultância, também não possuem recursos tecnológicos. Dessa maneira, apenas parte dos cidadãos estão inclusos no meio digital, ocasionando uma centralização de informação.

    Não muda o sentido do que você quer falar mais te deixa 1 ou 2 linhas a mais que pode detalhar na conclusão.

    Já a sua conclusão que deveria estar mais detalhada está resumida.
    Poderia detalhar fazendo uma parceria entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e o Estado, pois assim já seria uma detalhe a mais que agregaria sua proposta de intervenção. Tirando isso sua conclusão está ótima com todos os critérios pedidos ( Quem, o que, como e para que).

    Enfim você escreve muito bem e fez uma boa redação, atente-se apenas na questão de clareza e objetividade.
    Comp 1: 160
    Comp 2: 200
    Comp 3: 160
    Comp 4: 200
    Comp 5: 200
    Total: 920 ( Lembrando que é apenas com base no meu conhecimento)

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  2. Redação ficou muito boa, na introdução colocou com clareza as ideias que seriam expostas no texto. Em relação ao desenvolvimento, soube colocar ideias de outras áreas como uma citação filosófica. Na Conclusão, gostei da proposta de intervenção
    Comp1 – 180
    Comp2 – 180
    Comp3 – 160
    Comp4 – 160
    Comp5 – 160
    Total: 840 Pontos

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  3. Olá,

    Desculpe não concordo com a opinião do colega que fez o primeiro comentário.
    Por ser uma redação argumentativa, creio que quanto mais formal, melhor bem vista sua redação será, uma vez que demostra que você possui bagagem de palavras ( se é que me entende). Não vai ser visto com maus olhos, o fato de você colocar “palavras difíceis” porque não as usa no dia a dia – essa argumentação do rapaz não faz sentido.
    Enfim, achei seu texto ótimo, com bons argumentos, boa conclusão com retomada do contexto.

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  4. Ola, vou escrever o que achei da sua redação, ficou uma boa redação você citou logo de cara uma lei mostrando que você tem conhecimento no assunto, no entanto, o que da para perceber é realmente o uso excessivo de palavras difíceis e técnicas deixando o texto muito massivo para se ler, a inclusão no seu desenvolvimento de uma autoridade ajuda muito na pontuação , ademais ficou um ótimo texto, mas nunca pare de aprimorar para tirar uma boa nota. parabéns. Deus te abençoe.

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  5. A redação está boa, apesar de ter sido prolixa ao repetir a tese da introdução no D2.
    Ademais, você complexas que, sinceramente, DUVIDO MUITO que usarias na ho dia da redação. Entendo que agora é hora de treinar, mas por favor, NINGUEM fala “No entanto, tal prerrogativa não tem se reverberado com ênfase na prática”. Não há de errado em escrever assim- ninguem vai te tirar pontos- mas pode causar sim uma impressão negativa no corretor, pois estás forçando.
    Você tangencia o tem diversas vezes também. A redação é sobre inclusão digital, direitos básicos, igualdade ou o que?
    Na conclusão, quais obstáculos são esses? Desenvolva melhor o tópico frasal.

    Novamente querendo usar palavras complicadas de mais, que SIM, tiram o sentido da frase. Intermédio é diferente de médio. TOME CUIDADO COM OS SINONIMOS.

    bons estudos!

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