Na fórmula de Bhaskara, em matemática, a solução da função do segundo grau depende de suas raízes, ou seja, os valores de “x”. De maneira análoga, ao se analisar a alfabetização digital no Brasil, compreende-se que é necessária a análise de suas incógnitas para solucionar a problemática. Nesse sentido, semelhante à equação, os coeficientes dessa adversidade estão diretamente relacionados ao processo educacional falho e à desvalorização do conhecimento cientifico, os quais impedem a efetivação de uma inclusão digitalmente distribuída por toda a população.
Em uma análise inicial, é fundamental entender que diante da desigualdade social presente no país a educação torna-se impedida. De acordo com Pierre Lévy, sociólogo do século XX, a sociedade está hiperconectada, ou seja, a internet é um novo meio de comunicação que surge da interconexão de computadores e consequente surgimento da “cibercultura”. Por esse viés, é, no mínimo, irracional acreditar que o Brasil apresenta estrutura para o conhecimento digital ao observar a pequena parcela brasileira que possui computadores e rede wifi em suas residências. Diante desse imbróglio, é necessário, de início, preencher o vazio da disparidade econômica e só depois inserir a alfabetização tecnológica no país para que o direito da inserção digital seja assegurado, como afirmado constitucionalmente no artigo 5º.
Além disso, outro fator corroborante para o analfabetismo tecnológico é a desvalorização da ciência. Isso ocorre porque o Estado tem como prioridade o desenvolvimento econômico e o investimento privado. Tal questão é evidenciada pelo patrimonialismo -termo estudado pela historiadora Lilia Schwarcz – cujo objetivo é satisfazer necessidades individuais e, por conseguinte, o investimento em estudos científicos e tecnologia fica em segundo plano, a disparidade econômica cresce e o Brasil se divide em “Brasis” cada vez mais desiguais. Dessa forma, a dificuldade de ensinar a população sem acesso aos eletrônicos se evidencia, já que as verbas públicas não são destinadas para esse fim e a situação do território apresenta paradoxo, ao notar os dados do FMI, os quais apresentam que o Brasil é a 12º maior economia do mundo.
Portanto, urge caminhos para a alfabetização digital no Brasil. Para isso, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB), deve distribuir recursos vinculados à educação, por meio do envio de computadores para os 5.570 municípios a partir de verbas do Governo – distribuídos em bibliotecas públicas e ginásios- com o fito de democratizar o acesso digital ao conhecimento para todas as idades e classes sociais. Ademais, o MEC deve atribuir na base curricular a matéria de tecnologia, por intermédio da visitação de especialistas em TI em períodos quinzenais nas escolas, a fim de ensinar formas de manusear os navegadores digitais. Afinal, é chegada a hora de que as incógnitas do analfabetismo da internet sejam resolvidas.
liliss
Oii boa tarde, não sou muito boa nas redações ainda para corrigir certinho então vou apontar apenas a minha opinião.
Gostei muito dos seus repertórios ligados ao tema, sua tese ficou bem definida e seu texto não fugiu do tema e não se tornou algo cansativo
Continue praticando e boas festas :)
Beatriz_aj2
Não utilizaria uma introdução tão extensa, me preocuparia com uma contextualização breve e melhor abordagem da tese e antecipação argumentativa.
Bons conectivos.
Não utilizaria duas citações, e sim duas áreas do conhecimento diferentes.
Duas conclusões perfeitas e bem detalhadas.
Não entendi o terceiro parágrafo ao mencionar a economia com a educação digital, poderia ter utilizado dados da alfabetização e não da economia.
Joice dos Santos
– Seja o mais breve possível na introdução;
– 2° parágrafo: A educação não é impedida e sim prejudicada;
– Uso correto dos conectivos;
– Domínio do tema;
– 3° parágrafo sem nexo;
– Conclusão perfeita!!!
– Estruturação coerente dos parágrafos;
– Ótimas citações;
– Não inferiu os direitos humanos;
Continue assim, o sucesso mora ao lado!