‘Camarotização’ da sociedade brasileira: a segregação das classes sociais e a democracia (FUVEST)

Peço que corrijam de acordo com os critérios da Fuvest (parecido como ENEM), levando em consideração que a mesma não pede proposta de intervenção. Não é necessário a nota (caso desejarem pontuar, vai de 0 a 50), gostaria apenas que identificassem meus erros para que eu possa melhorar. Obrigada!

Título->  Igualdade: uma utopia acerca da realidade

O absolutismo – sistema político da Idade Moderna – foi marcado pelo poder absoluto concentrado nas mãos do soberano. Contudo, classes sociais favorecidas pelo poder aquisitivo dispunham da superioridade em relação aos grupos inferiores. Nesse viés, a discrepância notável favorecia a “camarotização” que ainda se perpetua no âmbito atual. Nesse contexto, a negação acerca da diferença entre as classes sociais reflete nas desigualdades presentes, visto que, gera a utópica ideia de que a democracia é incontestável.

Mediante ao elencado, o termo “Modernidade Líquida” – criado por Zygmunt Bauman – apresenta a contemporaneidade como relação que estão cada vez menos concretas. Analogamente, a segregação social hodierna demonstra, explicitamente, a veracidade da teoria de Bauman. Além disso, a democracia alega a igualdade entre todos, porém, essa falsa ideia colabora apenas para a negação de que os grupos sociais não apresentam disparidades na sociedade. Ademais, vê-se que o corpo social testemunha, diariamente, as consequências acerca da discriminação realizada por classes denominadas superiores.

Por conseguinte, o livro “Capitães da Areia” – escrito por Jorge Amado – retrata a vida societária como um jogo de privilégios, no qual, pessoas que possuem baixa renda são obrigados a viver na marginalização. Destarte, tal situação narrativa descreve a realidade atual e, desse modo, representa a democracia como um regime a ser discutido acerca de suas controvérsias, dado que a igualdade não abrange a todos os indivíduos. Outrossim, a utopia sobre a equidade de poder e justiça colabora para o distanciamento de classes, visto que, a acumulação monetária demanda o nível de superioridade regente.

Em suma, é imprescindível declarar que a “camarotização” da sociedade brasileira corrompe os princípios assegurados pela democracia, a qual, é contestável e não sustenta seus objetivos como forma de garanti-los a toda população. Portanto, nota-se que a segregação de classes auxilia no preconceito enraizado, pois o poder e os privilégios são distribuídos aos mais favorecidos. Dessa forma, a precarização social passa a depravar a sociedade, dado que a igualdade é reconhecida como uma fantasia coletiva.