Benefícios do maior investimento em fontes alternativas de energia no Brasil

Se os fios, para um tecelão, denotam elementos indissociáveis na constituição de um tecido, uma totalidade, a energia elétrica assim se comporta na figuração do modelo de civilização contemporânea, profundamente entrelaçado por tamanho advento. Dito isto, torna-se evidente como a deficiente e inexplorada administração da matriz reverbera impactos nas ordens econômica e, mesmo, ambiental.

Abastecido, sobretudo, pela energia advinda de usinas hidrelétricas – 65% do total gerado, via dados de 2020 da Aneel -, o Brasil, acometido pela crise hídrica de 2021, na qual os baixos níveis dos reservatórios pressionaram os órgãos responsáveis, na busca de se evitar o racionamento, a adotar usinas termelétricas, vivenciou a fomentação do questionamento da atual matriz energética.

Para além de contribuir com a inflação, haja vista a menor disponibilidade do produto em um momento conturbado, a dependência de uma fonte à base de carvão e/ou outros recursos emissores de poluentes à atmosfera, como se vislumbrou com o supracitado caso das termelétricas, não representa uma medida sustentável, apesar do potencial que o país possui no desenvolvimento de meios alternativos, como afirma o professor André Luís da UFSC.

Á vista da problemática, é preciso que a sociedade civil se mobilize na diligência de exigir, por meio de campanhas abertas ao público, do Ministério de Minas e Energia o adequado investimento em fontes energéticas diversificadas – eólica, solar, entre outras – para, somente assim, alcançar a tão estimada estabilidade energética, da mesma maneira que o tecelão diversifica a sua matéria-prima.